…eis que esse "causo" se sucedeu “séculos e
séculos” atrás, eu tinha 22 anos e namorava um “mega gato” que fazia Mestrado e
era Professor na mesma Universidade onde eu cursava Psicologia (não, não me
formei nessa área) e estava super feliz tendo sido adotada por sua família,
tratada tipo assim: uma “princesinha da Disney” /// quando íamos comemorar o
primeiro ano de romance ele “me pediu em noivado,” mas por causa da nossa
diferença de idade bem acentuada, (meu pai não aprovava o tal namoro, então
escrevi uma carta gigantesca explicando que estava apaixonada e remeti antes do
dia da dita apresentação oficial aos meus pais), ao contrário do que imaginava,
(e graças a minha mãe) meu pai foi extremamente atencioso e tudo teria
sido mais que perfeito naquele final de semana se meu suposto “Príncipe
Encantado” não tivesse se apaixonado pela minha mãe a primeira vista: sim… sim…
sim… foi uma doideira completa… ele simplesmente pirou - de fato, minha mãe era
lindíssima, mas muito tímida e reservada e nem percebeu “a piração,” (meu avô
árabe/espanhol foi terrível na criação dos filhos e meu pai nigeriano/francês
era desgraçadamente ciumento) e então para não estender por demais “esse
capítulo da minha novela mexicana,” nos meses seguintes nosso relacionamento
começou a esfriar e então no final do semestre teve tipo “um surto” e abriu o
jogo, que realmente gostava de mim, mas não ia mais me pedir em casamento
porque tinha se apaixonado pela minha mãe (quem assistiu ao espetáculo “Tangos
e Tragédias” no Teatro São Pedro em Porto Alegre vai lembrar da música e da
narrativa “Ana Cristina” eu não gosto mais de você, estou amando loucamente a
sua mãe, eita… igualzito… foi igualzito) e buenas… buenas… daí ele viajou até a
cidade da minha família e procurou minha mãe na Escola onde ela trabalhava (que
quase morreu enfartada de susto) e “se declarou” na coragem, enquanto isso meus
“ex-quase-sogros” (também eram Professores na mesma Universidade) desesperados
de como poderia ser “minha reação final” queriam me presentear “com o que eu
desejasse” decerto tipo uma compensação para evitar que no caso, eu
tentasse de repente me suicidar por amor ou abandono… enfim… enfim… enfim…
confesso que sofri meses, emagreci horrores, tive problemas de pele e chorei um
rio Uruguai inteiro, mas ainda que eu tivesse tão somente 22 anos de idade
cronológica meu cérebro devia ter já uns “122 de experiência e maturidade de
vidas passadas,” porque não fiz escândalo, não nos separamos com mágoas, pelo
contrário solucionei a “intrincada equação,” pedindo transferência do
curso para um campus mais próximo de casa (menti que tinha saudades da família)
e justifiquei para meu pai, (que ficou faceiro), que o final do nosso namoro
tinha sido justamente por causa da nossa diferença de idade e tanto eu superei
essa experiência maluca e não ficamos inimigos, jamais deixaria isso acontecer
(como sempre pontuo aos meus amigos, se não houve nenhum tipo de violência
física, abusiva ou de extorsão financeira entre o casal, todos os
relacionamentos, sim… sim… sim… absolutamente todos devem terminar
civilizadamente, deixando as mágoas para trás e guardando nas memórias, somente
os momentos felizes, se vai falar mal do/a ex-companheiro/a depois que acaba,
sinto muito, mas o/a cretino/a é você que ficou tanto tempo ao lado do/a verme
e fingiu não ver que era um/a baita porcaria), pois quando estive no México
recentemente, mais especificamente fazendo pesquisas lá na UNAM, passei alguns
dias com meu “ex-quase Príncipe Encantado/Desencantado,” e com sua atual família,
esposa de origem guatemalteca (que sabia quem eu era e de toda essa história
maluca) e me levaram para assistir a vários shows sensacionais de “Mariachi
Vargas de Tecalitlán” e ele até mandou um presente lindíssimo para a minha mãe!
Uau… desculpem a minha total falta de modéstia, mas se há uma coisita que tenho
orgulho gigantesco nessa minha existência é justamente saber resolver
“civilizadamente” todas as encrencas que já passei (ou me meteram) nessa
atual encarnação!!!