...vou torcer para que sua mãe
continue sentindo orgulho de você, por não ter xingado a mãe dos outros com
palavras “explicitamente” aqui impublicáveis. Vou torcer para que após todas essas
manifestações prós ou contra o governo atual, (e aquele outro que poderia ter
sido mas não foi), você retomando a normalidade da segunda-feira, não tenha
estacionado o carro na vaga onde se lê “pessoas especiais.” Nem tenha
falsificado sua última declaração de imposto de renda, fingindo-se de cidadão
honestíssimo só na frente da sogra. Ou ainda, não tenha passado uma cantada miseravelmente
sem graça na caixa do supermercado: aquela bonitinha de piercing no nariz e
cabelo arroxeado, cuja idade regula mais ou menos com da sua filha caçula, que
aliás, estuda na mesma escola.
Por que dar moral nos outros,
gritar, esbravejar e “tirar selfies” a exaustão, principalmente em meio às
manifestações de todo contexto, atualmente é a coisa mais “easy” and “crazy”
meu camaradinha! Ser realmente um sujeito decente e plenamente ciente de seus
direitos e deveres e de onde terminam os seus direitos e começam o dos outros é
que são “os verdadeiros outros quinhentos” da nossa história e se Jesus voltasse
na próxima semana, não se salvariam “eu e
tu” e nem 10% de todo rebanho no pasto!
Dito isso vamos a um bom e velho
provérbio russo que fala: “Voltar atrás é
melhor do que perder-se no caminho.” E antes da explicação lógica do porque
esse provérbio entrou no meio da nossa conversa, vou extrair um parágrafo do
meu texto intitulado “Para rir e para chorar” que escrevi em dezembro de 2008:
(...) “...Momento A Turma do Chávez” ou
nem dá para acreditar que isso é verdade verdadeira... Eis a história: No final
do mês de novembro, Nicolas Sarkozy o presidente da França pode comemorar
aliviado, uma pequena vitória na justiça, graças ao tribunal de recursos ter
decidido, que a empresa que comercializava bonecos de vodu com a carinha do
mandatário francês, deveria alertar seus consumidores que “espetar agulhas no
dito... atenta contra a dignidade presidencial!” Gente não é o máximo!!! Um dos
povos mais cultos, invejados e modernérrimos do planeta, acreditar que práticas
ancestrais de magia, encantamento e no caso “espetamento,” trazem resultados
comprovadamente (ou não) satisfatórios? É tri legal porque dissipa aquela
sensação de inferioridade “da galinha preta” e “do sapo cururu,” em dia de
campeonato.”
O tempo passou Sarkozy não manda
mais nada na França e acredito que nem na Carla Bruni, se é que foi o
verdadeiro mandachuva tanto da França quanto da Bruni e os sugestivos bonequinhos
de vodu, provavelmente continuam vendendo e tirando sarro com “a carinha” de
outros políticos. E quanto a nós!?! Ah sim... como me referi ali em cima “nada de complexo de inferioridade da galinha
preta ou do sapo cururu em dia de
campeonato!!!” Mas não me julgue estar fazendo pilhéria de nenhuma dessas
circunstâncias. Independente do domingo passado e de que lado você esteve (no
grupo pró ou no grupo contra o governo), eu não mudei uma vírgula em combater o
temerário processo de golpismo em marcha e só não vou citar dezenas de fontes
disponíveis na internet em corroborar minha posição, por pura falta de espaço.
Mas eis a tal explicação do provérbio russo, uma nova chance aos golpistas de
se arrependerem dos seus atos!
Contudo recorri ao caso do
Sarkozy, por que naquela época foi um baita escarcéu. Mas precisamos respeitar
a cultura de quem acredita que “espetamento
de bonecos de vodu” realmente trazem resultados satisfatórios... e
precisamos respeitar os pontos de vistas divergentes dos nossos. Entretanto o
que realmente não cabe na minha paciência é acompanhar principalmente nas redes
sociais, pessoas da nossa comunidade xingando-se mutuamente por qualquer
assunto de qualquer magnitude, cheias de razão e empáfia, quando se sabe que na
intimidade são tão desprezíveis e fazem tanta lambança (ou melhor c.g.d), que
não vale a pena,“se fosse eficaz” nem
encomendar de presente o tal “vuduzinho básico,” “uma galinha preta” e menos
ainda “sacrificar um ou dois sapinhos cururus,” o que convenhamos também é... ecologicamente
incorreto... Ôps!!!
Régis Mubarak