Mas com certeza também uma opção,
uma escolha e uma renúncia.
Envelhecer é acima de tudo uma
benção, porque quando você descobre seu papel (de coadjuvante) nesse vasto
mundão, um milhão de oportunidades diárias de fazer acontecer literalmente
batem a sua porta...
Primeiramente “crescer” é a
“opção fundamental.”
Ao decidir enfrentar os
dissabores desse processo irreversível, se autodestruir em questão de sei lá...
nanosegundos é automaticamente a próxima opção a ser descartada. (E as chances
de isso se concretizar são trilhões de vezes maiores do que acertar na loteria
sábado que vem, porque vivemos num mundo repleto de tentações que por vezes
literalmente levam centenas de seres humanos as portas da loucura e da ruina.)
A seguir a responsabilidade de
“escolha,” em responder por você mesmo, cada passo, cada ato, cada palavra,
cada atitude e não culpar os outros pelos seus fracassos, seus erros, suas
mancadas, suas c... (pontinhos)!
E então a renúncia, o mais
doloroso de todos por sinal.
Renunciar muitas vezes é dizer
não ao invés de dizer sim. E descobrir que você não é tão esperto quanto
imaginava, tão independente, tão autossuficiente, tão cheio de energia. E só
irá remover as pedras do meio do caminho com apoio lá do alto: sua Fé renovada
ou com uma ajudinha do MestreYoda!
E que a força esteja com você...
Envelhecer é uma benção porque traduz sua
jornada, contando sua história, capítulo por capítulo. (Confesso que me chateia
essa pressão excessiva de “ser jovem/permanecer jovem/morrer jovem” da minha
geração, como em nenhuma outra foi tão valorizada. E nem vou falar mal de
algumas marcas de cosméticos específicas que prometem milagres na questão do
rejuvenescimento do dia pra noite!)
Confesso que me chateia a falta
de respeito dos muito jovens com as pessoas da 3º e 4º idades. Confesso que mais um monte de coisas me deixa
encucada, mas vou encerrar por aqui, porque você já entendeu...
Não faz muito tempo estava
baixando um material de pesquisas da internet e me deparei com fotografias do
super astro Tommy Lee Jones quando jovem (e
era um super gatão moreno) e acabei por vasculhar partes de sua biografia
involuntariamente.
Nasceu no Texas em 1946 (portanto
completará em setembro 69 anos), formou-se em Literatura Inglesa na
Universidade de Harvard, foi atleta, iniciou carreira teatral na Broadway, já
dirigiu alguns filmes e atuou magistralmente em dezenas de outros. (Mas porque raios você há de estar se
perguntando eu fui pular no meio do texto para a biografia do Tommy Lee Jones?
Respondendo a sua indagação...)
Tommy Lee Jones está envelhecendo
bem diante do nosso nariz sem nunca ter retocado a maquiagem, sem recorrer aos
avanços estéticos da medicina para esconder o que realmente tem: a verdadeira
idade. Seu rosto está cheio de ruguinhas, que contam sua história, no caso dele
uma celebridade do cinema, o que faz a sensível diferença, porque justamente
seu “ganha pão” é bem diante das luzes e dos holofotes!
Envelhecer é progredir, se aprimorar moral
e intelectualmente, envelhecer é trilhar múltiplos caminhos. Ir ao encontro de
múltiplas respostas. Quem sou? De onde vim? Para onde vou? O que existe além de
onde a minha vista alcança?
Envelhecer é ter usufruído da
própria vida ao limite e com sabedoria. Mas obviamente todo dia você precisará
lutar para obter ou manter essa qualidade de vida. Ninguém garante que isso
será moleza. Mas a beleza da vida, como
já dizia o poeta, é sim... justamente... saber reinventá-la a cada dia...