sábado, 7 de março de 2015

Você pode construir partes desse novo mundo



        Hoje, utilizando-me de “mega sinceridade” gostaria de falar exclusivamente e carinhosamente do Sr. Spock ou de Leonard Nimoy (1931-2015). Por ser fã incondicional de toda aquela mitologia, roteiro, ideias criativas, histórias mirabolantes, teorias de toda espécie, mistérios, viagens por tantas galáxias, etc, etc, etc. Mas vai ficar pra próxima, porque iria dar a impressão que vivo no mundo da lua!

              Hoje, utilizando-me de “fontes espraiadas” pelo hiperespaço deveria falar de assuntos do tipo: “ruim com a Dilma, pior ainda sem ela,” “não se iluda, forças ocultas querem virar nosso país de cabeça pra baixo,” “sim, os EUA estão doidos pra invadir de vez nosso território,” “a quem interessa instalar o caos afinal de contas?” Mas vai ficar pra próxima, porque daria impressão que vivo no mundo das teorias conspiratórias!

              Hoje, utilizando-se das últimas 24 horas de qualquer noticiário da minha (sua) preferência, poderia dissertar sobre “essa tentativa de esboço de golpe” intitulado “Fora Dilma.” Graças à vasta experiência em meios de comunicação: rádio, jornal, internet, sei (e provavelmente você também sabe), que notícias ruins se espalham tipo pólvora. Notícias ruins (com sangue de preferência) vendem mais exemplares de jornal. Brigas, desavenças, falcatruas, fofocas, engodos chamam mil vezes a atenção do que qualquer descoberta científica que esteja bem pertinho da cura do câncer ou da aids.

              Daqui uns dias escreverei sobre o Spock que eu adorava.

              Daqui uns dias escreverei sobre matérias fascinantes: o poder das plantas, pré-cognição, viagens astrais, sonhos lúcidos, registro akashico, mudanças de DNA, crianças índigos e outros assuntos que venho estudando com afinco já há tempos. E as novas teorias de conspiração como por exemplo sobre a morte de Eduardo Campos!

              Daqui uns dias escreverei sobre pesquisas que comprovam que o Brasil não para de crescer, avançar e sobrepujar vários índices de desenvolvimento, desde o governo FHC, que inclusive é o pai e mãe de vários projetos que deram certo. E felizmente o Lula seguiu pelo mesmo caminho, não demolindo os tijolos já alicerçados. Aliás, você sabia que um dia Lula e FHC já foram os melhores amigos da 5º série?!?

             Daqui uns dias teremos milhões de assuntos tri bacanas ao meu entender, mas por hoje e não somente no dia de hoje, vou convidá-lo (novamente) a fazer parte desse novo mundo que se chama Internet. Respire fundo e tome coragem, porque se trata de um caminho rumo ao infinito e quando digo que você (todos nós) pode construir partes (conexão) dele é algo, o convite, a participação, o compartilhamento, a inserção, a manifestação, imprescindivelmente necessário para tornar (e permanecer) um espaço democrático, fervilhante e livre. Mas... sempre... sempre... tem um famigerado mas...

              E aí que reside o perigo de qualquer manifestação, seja ela no mundo real ou virtual (que acreditem é apenas uma extensão de nossa própria existência), distorcer a liberdade de expressão mudando sua significação e fomentar o caos: choque de opiniões, as agressões verbais (ou físicas no mundo real), o embate de ideias que caia para o campo das ofensas, das acusações levianas, do dedo em riste, tentando sobrepor um ponto de vista sobre os demais. Não se esqueça: regimes totalitaristas, facistas, etc e tal se alimentam do caos inicial, quando se perde o rumo das coisas, o fio da meada, o legítimo caminho da história. Podemos ajudar a construir partes desse novo mundo, utilizando-nos das redes sociais, da mídia digital, desse (super) poder que elas nos proporcionam, “mas respeitando regrinhas básicas da boa educação e civilidade.”

              Manifeste-se, comente, opine, busque soluções demonstre sua contrariedade, ajude a mudar o que está ruim e não piorar o que já não anda lá essas coisas. “A quem interessa instalar o caos afinal de contas?” “Queremos construir um novo Brasil ou dividi-lo aos pedaços para os outros o conquistarem (tomarem posse) de nós?”

Régis Mubarak