Um dos desejos que gostaria de compartilhar
imensamente com vocês, seria o de iniciar esse artigo afirmando com total convicção
e a plenos pulmões que os próximos dias serão mais felizes. Entretanto não é
bem assim... Vai ser preciso muito amor ao Rio Grande, muito amor ao Brasil,
muito amor próprio e espírito de equipe para levantar a autoestima, um tanto
quanto esfolada, pra organizar as finanças, pra deixar de fazer lambanças, pra
conquistar a própria confiança que está meio a pique.
Não mudo nenhuma vírgula do que
escrevi em textos anteriores e não se trata daqueles clichês manjados. “Oh
pobre América Latina sempre espoliada.” “Oh pobre América do Sul sofrendo
pressão do grande irmão (?!?) do norte capitalista.” “Oh pobre vida!” Não se
trata de vitimização além da conta, é que existem dezenas de interesses ocultos
pro detrás de algumas manifestações e pseudo-líderes, que escorados a uma
parcela desleal da mídia do centro do país insistem em instalar o caos. Sim
desleal, porque o papel do jornalismo sério é ser imparcial e jamais
tendencioso, é ouvir todos os lados e jamais pender para um deles, é deixar o
povo se manifestar sem forçar a barra no editoral de capa ou pior ainda:
colocar mais lenha em qualquer tamanho de fogueira.
Outro exemplo: uma das maiores
ingenuidades (ou não?!?) dos últimos dias pedir intervenção militar, quando nem
os militares estão interessados nisso. E antes que você “salte na frente com o
dedo em riste apontando no meu nariz” já irei esclarecendo: tenho parentes
militares na esfera estadual e federal e embora descontentes com os rumos de
certas decisões governamentais, a democracia livre permanecerá livre e em pé.
Mas como hoje é domingo posso me
dar ao luxo de falar sobre paixão. Não aquela paixão meio maluca, possessiva
que acaba por destruir relacionamentos bacanas, em que o sexo vira somente moeda
de troca e de imposição de sentimentos. (Ah sim e pode esquecer o “tal filme e
o tal livro cinza” porque se o tal Sr Grey fosse feio, andasse a pé ou bebesse
cachaça, a Srta Anastásia não ia brincar de frango assado na maior algazarra, toda
faceira, ia mesmo era chamar a Brigada toda escabelada e sem glamour nenhum!) Buenas...
como ia dizendo hoje é domingo e posso me dar ao luxo de falar sobre paixão.
Paixão de assistir os desenhos animados da Tinker Bell e depois dar de presente
para meus sobrinhos encantadores, falando de amizade, solidariedade e respeito à
natureza. Paixão de assistir aos documentários da National Geographic e viajar
por todo planeta, pelo corpo e cérebro humano, pelo reino animal, pelas sendas
do conhecimento, tomando ciência das pesquisas tecnológicas mais fascinantes.
Paixão de ler uma revista onde encontro a última entrevista do Rodrigo
Junqueira Reis Santoro. (E se eu disser que já vi todos os seus filmes desde “O
Trapalhão e a luz azul” passando por “Bicho de Sete Cabeças” até chegar em
“300” (etc) sendo mega fã!)
São pessoas desse super quilate:
desenhistas, ilustradores, roteiristas, escritores responsáveis por animações
artísticas carregadas de magia iguais as aventuras da Tinker Bell,
documentaristas, fotógrafos, pesquisadores, cientistas, matéria prima da
National Geographic e atores do calibre (e esforço, porque a trajetória dele
não foi molezinha) do Rodrigo Santoro que contribuem para se apaixonar todos os
dias... de novo e de novo!
Todavia não esqueci que o dólar
está nas alturas, a Petrobrás achincalhada, o Sartori sem mostrar projetos, a
Dilma sem fazer as reformas, as estradas estaduais e federais se desmanchando e
literalmente babar em cima das fotografias do maravilhoso Rodrigo Santoro, não
vai mudar o fato de que segunda-feira preciso saltar da cama antes das cinco e
tenho problemas pessoais para resolver. Mas é preciso se apaixonar pelas coisas
e pessoas, pela vida, ter objetivos sólidos e muita coragem porque tempestades
são passageiras e o desejo de fazer o Brasil um país definitivamente decente é
que não pode se arrefecer jamais! Oh céus...
Oh vida... E quanto aquele espécime (animal) mais que perfeito do Rodrigo
Santoro? Sim eu seria sua escrava sexual sem pestanejar, por que até onde
pesquisei (e olha que pesquisei bastante) ele não bebe cachaça!
Régis Mubarak