Lawrence Wright é colunista e
repórter da revista New Yorker e pesquisador do Centro de Direito e Segurança
da Universidade de Nova York. Vencedor de inúmeros prêmios em reportagens
fascinantes é autor do Livro “A prisão da Fé,” que li e reli sofrendo a cada
página, inacreditavelmente suando frio embaixo dos cobertores em meio a esse
inverno tenebroso, quase digamos assim... um típico inverno islândes! Sofri para
entender (jamais aceitar, não confunda cara pálida), como pessoas extremamente
inteligentes deixam-se convencer e serem usadas (e abusadas) em nome seja lá de
quem for. Recomendo o livro, sem deixar de confessar que não sabia da existência
desse obstinado escritor norte americano nascido no ano de 1947. (Buscando dados
sobre sua carreira eis o site: http://www.lawrencewright.com/.
Também acabei descobrindo que já escreveu roteiros para cinema: http://en.wikipedia.org/wiki/Lawrence_Wright.
Fiquem a vontade, para ir até esses endereços e depois seguirem em frente.)
Lawrence Wright como disse a
resenha do Jornal Washington Post: (...) “...trata a Cientologia, sua história,
teologia e hierarquia, com lucidez e coragem investigativa.O resultado é a
prova de que a verdade pode ser mais estranha que a ficção científica.” Puxando
“a orelhinha do próprio livro” encontramos que: (...) “...o resultado é uma
reportagem corajosa sobre a seita e seus líderes, mas também uma reflexão
profunda sobre a natureza da Fé.” E reproduzindo outra resenha a do The Los
Angeles Times: (...) “...Para quem gosta de escândalos das celebridades de
Hollywood, os capítulos sobre Tom Cruise e John Travolta são um prato cheio.”
Eu acrescentaria: para os fãs é deveras angustiante. (Entretanto em nenhum
momento Wright irá denegrir a imagem dessas celebridades, bem como das demais pessoas
envolvidas em histórias assombrosas.)
Ao longo das quase 600 páginas,
além das notas autoexplicativas, links complementares, dezenas de entrevistas, com
membros e ex-membros da Cientologia, ele imergiu em exaustivas pesquisas e
minuciosamente revisou processos judiciais dos mais variados em diversos países,
para esclarecer, explicitar e tentar até dissertar sobre o poder da Cientologia.
Então você já captou amiguinho a essência do conteúdo: de que não se trata de um
livro para difamar ninguém ou “jogar”
como estamos acostumados “mais lama no
ventilador” ou “respingar m...”
para todos os lados. Ou nossos típicos casos nacionais e latino americanos tri conhecidos:
“se eu cair levo todo mundo comigo!” Lawrence
Wright escreveu “quase” um livro de história, didático, fantástico e
surpreendente em cada página recheada e fartamente documentada com centenas de
informações quase inacreditáveis. (E olha, que eu nem me assusto assim tão
fácil!)
(...) “...A Cientologia
certamente está entre as religiões mais estigmatizadas do mundo em razão de sua
extravagante cosmologia, de seu comportamento vingativo contra críticos e
desertores e do dano infligido as famílias que foram separadas pela política de
“desconexão” da igreja, (a exigência de que seus membros se isolem de pessoas
que se põem no caminho do ansiado progresso espiritual),” afirma o autor para
complementar adiante: (...) “...Passei boa parte da minha carreira examinando
os efeitos de crenças religiosas sobre a vida das pessoas. Historicamente, essa
é uma influência muito mais profunda sobre a sociedade e os indivíduos que a
política, matéria-prima de tanto jornalismo.” Você pode buscar aleatoriamente
palavras como Sea Org, David Miscavige, Xenu, Clear Mind, L.Ron Hubbard,
e-meters, dianética, Paul Haggis que entenderá partes do que estou redigindo
aqui ou ler esse obra magnífica, que nos leva ao fundo de um poço escuro de
solidão, mentiras, abusos. Onde se aprisionam pessoas ingênuas ou desesperadas
ou que se achavam tão inteligentes e foram ludibriadas em nome da Fé numa
prisão, vendendo ou se deixando arrancar pedaços de suas almas!
Régis Mubarak