Mês passado aproveitando uns
“diazinhos” de merecidas férias me pus a campo indo atrás de entrevistas. Melhor
dizendo, fui a campo buscando expandir (também pode substituir por aquele termo
“espraiar” inventado pelo Olívio Dutra), minhas ideias e meu nome (e sobrenome)
em novos Jornais Impressos e Portais Virtuais. Vários contatos foram feitos via
e-mail, outros por telefone e alguns ao vivo e a cores. Confesso que todos sem
exceção, incluso aqueles em que não houve a parceria 100% efetivada, obtive
como resultado de cada experiência, no tocante a troca de informações e ao
contato humano, um saldo ultra positivo. Sem especificar nomes e regiões por
questão de respeito à ética profissional e as pessoas envolvidas, gostaria de
compartilhar com vocês não o resumo dessas andanças, obviamente porque nem lhes
seria assunto de interesse comum, por referir-se unicamente a “pavimentação da
minha estrada” ou “aos passos da minha jornada,” enquanto Escritora em início
de carreira, mas a existência de um ponto em comum a todas as jornadas e as estradas
que nos dizem respeito, independente de qual objetivo estejamos perseguindo
nesse exato momento.
Não me recordo à data (por isso
deixarei de citar), mas li na Revista Isto é, numa entrevista com Roberto
Shinyashiki, Médico Psiquiatra, Escritor e Conferencista de renome
internacional, que o mundo estava necessitado de pessoas mais simples e
transparentes. (Afirmativa da Escritora brasileira nascida na Ucrânia Clarice
Lispector (1920-1977): “Que ninguém se
engane só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.”) Shinyashiki dizia naquela ocasião que as pessoas
precisavam não somente reconhecer seus erros, mas pedir desculpas por eles e
que pessoas arrogantes não se preocupavam com a busca efetiva do conhecimento. (Vou
me valer para complementar sua assertiva, do filósofo de origem espanhola José
Ortega Y Gasset (1883-1955) que afirmou: “Pouco
pode se esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado.”) De repente...
você já sabe tudo isso de cor e salteado. Pedir desculpas, reconhecer erros,
sermos transparentes no trato ao próximo, evitando quaisquer traços de
arrogância na tomada de decisões e na execução de tarefas na rotina diária nos
torna mais humanizados. Contudo existem pessoas que não sabem estender a mão.
Outras, que não o fazem por completa insensibilidade. E aquelas que dificultam o
nosso caminho, pelo puro prazer da aniquilação de sentimentos, plantando a
semente da discórdia, dos entraves, da maledicência, enfim... porque
insatisfeitas consigo e com a vida que escolheram, precisam repartir sua
infelicidade e às vezes, nos casos mais críticos: sua “legítima inutilidade”
como seres viventes.
Nessas andanças conheci pessoas e
ouvi histórias incríveis. Trabalhar em meios de comunicação: rádio, jornal, tv,
revista e mais recentemente internet, propicia tudo isso. Entretanto não torna
ninguém um “escolhido da hora” ou “abençoado divino” pelo mestre criador do
universo! Apenas aumenta consideravelmente a capacidade de absorção e repasse de
informação, de conhecimento (não confunda com sabedoria), e no convívio
múltiplo com todo tipo de pessoas, opiniões, ideias, etc e tal, propiciando que
“a visão da estrada” se torne gigantesca. Mas essa estrada está aberta a todas
as pessoas que decidem ir atrás dos seus objetivos. Saiba que existe logo ali,
onde sua vista talvez ainda não alcance, um mar de infinitas possibilidades
esperando exclusivamente por você. Uma vida bacana não é utopia, é apenas um
fragmento de sonho que se tornará realidade através das suas mãos, do seu
esforço, da sua busca e de trabalho árduo!
Régis Mubarak