terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Tsubasa Imamura faz bem ao coração



              A primeira vista não é só uma questão de estilo, mas como se destacar no concorrido mercado musical e ganhar atenção merecida. Vestir-se de carne crua? Aparecer quase nua ou deixar-se bolinar por outros artistas? Misturar letras dançantes com palavras escatológicas? Se achando inacreditavelmente o máximo da cocada preta?
            Tsubasa Imamura não descobriu a fórmula mágica, porque seu estilo moldado por múltiplas influências flerta um pouquinho com a nossa bossa nova, o que não é uma novidade, digamos assim do outro mundo. Aliás, minto é uma novidade que vem do outro lado do mundo: na voz suave de uma representante da terra do sol nascente.
              E essa talentosa japonesinha interpreta diversas composições brasileiras com a alma e isso sim é que faz sensível diferença. Portanto esqueça figurinos espalhafatosos, cenas deprimentes, “rebolation” fora de propósito, aulas desnecessárias de “deseducação sexual” em cima do palco e outras dezenas de apelativos meza ridículos.
          Um banquinho e o violão, simples assim... Impulsionados por uma vontade enorme de ser feliz fazendo o que gosta e fazer os outros felizes, cantando belas canções o que ela aprendeu e dilapidou direitinho, já que aos 11 anos, após ganhar uma guitarra do pai, enveredou-se para o caminho da música e não teve mais volta.
              Tsubasa Imamura faz bem ao coração e isso amigos, é o que importa.
              Ouvi-la interpretando “Pra ser sincero” dos Engenheiros do Hawaii, “Lua em flor” de Oswaldo Montenegro, e minha preferida: “Chão de Giz” do Zé Ramalho, parafraseando aquela velha propaganda da televisão, é verdade: “não tem preço!”
              Mas também pra quem curte Sandy, Marisa Monte, Paralamas, Djavan, Pitty ou Roberto Carlos no clássico dos clássicos “Como é grande o meu amor por você,” a japinha manda ver e arrasa quarteirão, com aquele sotaque todo especial e uma ginga nipônica. Sim eles “os seres orientais” também tem “ginga e mandinga,” my friend!
              Ou de que outra forma você explicaria, ficarmos hipnotizados diante de uma representante asiática que até pouco tempo atrás a gente nem sabia que existia? E existia desde 1984, data do seu nascimento em Kanazawa, capital da província de Ishikawa.
              Tsubasa que já veio ao Brasil inúmeras vezes, percorrendo dezenas de cidades, apresentando shows intimistas, pacifistas, românticos e brasilianistas, angariando ainda mais fãs.  Desculpem os excessos, sem querer puxar “a brasa pro assado,” recentemente disponibilizou o site oficial http://www.tsubasaimamura.com/ todinho em português.
             E não pense que estou me derretendo a toa, porque ela realmente interage com os fãs ao redor do planeta, dando especial atenção ao Brasil, que diz ser a sua segunda casa. Ao contrário de outros artistas não terceiriza esse contato nas redes sociais!
              E faz de uma forma muito divertida, incluindo a participação do seu gato de estimação. Sua palavra preferida em português? “Fofa!” E dá-lhe 5 aulas por semana do nosso idioma, para poder cantar direitinho, ainda que às vezes troque o “R” pelo “L,” o que na maior malemolência acaba deixando o Cebolinha da Turma da Mônica muito a vontade pra trocar figurinhas! Vou disponibilizar os links para as músicas mais bacanas, obviamente em minha opinião. E gostos nem se discute, é óbvio criatura! “Como é grande o meu amor por você” https://www.youtube.com/watch?v=svyr1RGeeCM e “Chão de Giz”  https://www.youtube.com/watch?v=Co5MdZu_jSs
              Prazer em conhecê-la Tsubasa Imamura, repita aqui comigo caso você ainda não tenha ouvido falar dessa jovem promessa: “HAJIMEMASHITE,” cujo primeiro álbum foi lançado em 2009 pelo selo independente D.N.A. Rock Café. E para ajudar nessa integração Brasil Japão, que comemorou recentemente seus 120 anos de amizade ininterrupta e abençoada a outra palavra do dia é essa aqui: “URESHII DESU.”
              Já desenhar ideogramas é mais complicado e eu não me arriscaria! KAWAII!      
    
Régis Mubarak  
Graduanda em Gestão Ambiental - UNOPAR E Marketing - SENAC.
Cronista em Jornais Impressos e Portais de Notícias do RS e SC.
Pesquisador AVA SARU em Exobiologia e Tecnologia da Informação.