A primeira vista não é só uma
questão de estilo, mas como se destacar no concorrido mercado musical e ganhar
atenção merecida. Vestir-se de carne crua? Aparecer quase nua ou deixar-se
bolinar por outros artistas? Misturar letras dançantes com palavras
escatológicas? Se achando inacreditavelmente o máximo da cocada preta?
Tsubasa Imamura não descobriu a
fórmula mágica, porque seu estilo moldado por múltiplas influências flerta um
pouquinho com a nossa bossa nova, o que não é uma novidade, digamos assim do
outro mundo. Aliás, minto é uma novidade que vem do outro lado do mundo: na voz
suave de uma representante da terra do sol nascente.
E essa talentosa japonesinha
interpreta diversas composições brasileiras com a alma e isso sim é que faz sensível
diferença. Portanto esqueça figurinos espalhafatosos, cenas deprimentes, “rebolation”
fora de propósito, aulas desnecessárias de “deseducação sexual” em cima do
palco e outras dezenas de apelativos meza ridículos.
Um banquinho e o violão, simples
assim... Impulsionados por uma vontade enorme de ser feliz fazendo o que gosta e
fazer os outros felizes, cantando belas canções o que ela aprendeu e dilapidou direitinho,
já que aos 11 anos, após ganhar uma guitarra do pai, enveredou-se para o
caminho da música e não teve mais volta.
Tsubasa Imamura faz bem ao
coração e isso amigos, é o que importa.
Ouvi-la interpretando “Pra ser
sincero” dos Engenheiros do Hawaii, “Lua em flor” de Oswaldo Montenegro, e
minha preferida: “Chão de Giz” do Zé Ramalho, parafraseando aquela velha
propaganda da televisão, é verdade: “não tem preço!”
Mas também pra quem curte Sandy,
Marisa Monte, Paralamas, Djavan, Pitty ou Roberto Carlos no clássico dos
clássicos “Como é grande o meu amor por você,” a japinha manda ver e arrasa
quarteirão, com aquele sotaque todo especial e uma ginga nipônica. Sim eles “os
seres orientais” também tem “ginga e mandinga,” my friend!
Ou de que outra forma você explicaria,
ficarmos hipnotizados diante de uma representante asiática que até pouco tempo
atrás a gente nem sabia que existia? E existia desde 1984, data do seu
nascimento em Kanazawa, capital da província de Ishikawa.
Tsubasa que já veio ao Brasil
inúmeras vezes, percorrendo dezenas de cidades, apresentando shows intimistas,
pacifistas, românticos e brasilianistas, angariando ainda mais fãs. Desculpem os excessos, sem querer puxar “a
brasa pro assado,” recentemente disponibilizou o site oficial http://www.tsubasaimamura.com/ todinho em português.
E não pense que estou me
derretendo a toa, porque ela realmente interage com os fãs ao redor do planeta,
dando especial atenção ao Brasil, que diz ser a sua segunda casa. Ao contrário
de outros artistas não terceiriza esse contato nas redes sociais!
E faz de uma forma muito
divertida, incluindo a participação do seu gato de estimação. Sua palavra
preferida em português? “Fofa!” E dá-lhe 5 aulas por semana do nosso idioma,
para poder cantar direitinho, ainda que às vezes troque o “R” pelo “L,” o que
na maior malemolência acaba deixando o Cebolinha da Turma da Mônica muito a
vontade pra trocar figurinhas! Vou disponibilizar os links para as músicas mais
bacanas, obviamente em minha opinião. E gostos nem se discute, é óbvio criatura!
“Como é grande o meu amor por você” https://www.youtube.com/watch?v=svyr1RGeeCM e “Chão de Giz” https://www.youtube.com/watch?v=Co5MdZu_jSs
Prazer em conhecê-la
Tsubasa Imamura, repita aqui comigo caso você ainda não tenha ouvido falar
dessa jovem promessa: “HAJIMEMASHITE,” cujo primeiro
álbum foi lançado em 2009 pelo selo independente D.N.A. Rock Café. E para
ajudar nessa integração Brasil Japão, que comemorou recentemente seus 120 anos
de amizade ininterrupta e abençoada a outra palavra do dia é essa aqui: “URESHII DESU.”
Já desenhar ideogramas é mais
complicado e eu não me arriscaria! KAWAII!
Régis Mubarak
Graduanda em Gestão
Ambiental - UNOPAR E Marketing - SENAC.
Cronista em Jornais
Impressos e Portais de Notícias do RS e SC.
Pesquisador AVA SARU
em Exobiologia e Tecnologia da Informação.