...pra
sentir na (sua) pele a dor alheia. Ando passada com o nível de jornalistas que faculdades
e universidades tem ultimamente despejado a campo. Sim, faculdades e
universidades com letra minúscula, por que não dá pra considerar um
profissional seja masculino, feminino ou de sexo indefinido, (a questão não é
gênero e sim competência), entrevistando a mãe de criança recém diagnosticada
com microcefalia perguntando na maior cara dura: “E como você se sente agora?”
ou “E daqui por diante como vai ser?”
Gente, o que essa mãezinha vai
responder em cinco segundos, com a repórter enfiando o microfone nas suas
fuças, se nem ela ainda conseguiu avaliar a verdadeira extensão do problema,
que não envolve apenas o inocente que acabou de nascer, mas toda a estrutura
familiar (ou a falta dela), que precisa ser revista apartir de então.
E aquele tipo de correspondente
internacional que inicia a reportagem com frases magnânimas do tipo: “As
pessoas apavoradas não querem mais sair à rua.” Ou “O Governo acredita que apartir de hoje o
terrorismo vai tomar conta do mundo.”
Gente, em tempo de guerra ou de paz, o
planeta terra não deixa de completar sua rotação e translação. O tempo continua
a marcar suas horas, minutos e segundos. E “aquele espantalho” utilizando-se de
sensacionalismo extremista e deturpação de dados informativos, se esmera para
que o negativismo avance vinte degraus acima em um só golpe. (E ah próposito: o
terrorismo não vai tomar conta do mundo, nem de metade do mundo, nem de
qualquer parte do mundo na-na-ni-na! Aliás precisamos rever a data do Juízo
Final, porque segundo consta já mudaram a data de novo! Ops de novo?!?)
E aquele tipo de profissional em
qualquer meio de comunicação, rádio, jornal, televisão, revista ou internet que
se esmera numa reportagem “tamanho GG,” ouvindo (e defendendo descaradamente) somente
uma parte dos envolvidos na questão. E você lê e pensa que o outro elemento,
que representa o lado B é o maluco, o doido, o infame, o coisa ruim... e quando
vamos a fundo, tudo está maquiado, a vítima foi esmigalhada e o agressor é que
ganhou espaço nessa mídia, numa torpeza sem precedentes.
E se quisermos seguir listando
exemplos, aliás, péssimos exemplos, vem à tona “aqueles feras” que assassinam
sem dó à gramática e se acham o máximo. Ou se esmeram nas redes sociais se
posicionando radicalmente contra algo: partido, time de futebol ou corrente
religiosa e na vida real, flertam com o engodo e a propina, às vezes até, sendo
“mais que amigos íntimos” de alguns cafajestes da máfia local.
Existem excelentes Jornalistas.
Excelentes Repórteres. Excelentes Redatores. Excelentes Relações Públicas.
Excelentes Publicitários. Excelentes Assessores de Marketing. Profissionais que
merecem medalha de ouro sempre ou quase sempre. Mas existem as porcarias que
enganam, engambelam, mascaram a verdade, ludibriando o leitor desatento, o
ouvinte ansioso, inclusive “os espertos” internautas no hiperespaço.
Existem as porcarias que não
sabem o quanto o jornalismo é uma profissão sagrada, especial, essencial e de
utilidade pública. A mídia, o poder (sim o quarto poder) podem fazer a
diferença e ajudar uma comunidade inteira a se fortalecer, a vencer barreiras
que impedem o desenvolvimento irrestrito e em larga escala, podendo realizar milagres
de proporções bíblicas! A-le-lu-i-a irmãos e não estou de brincadeira!
Porque tive o prazer de
participar dias atrás, de um fórum com tradução simultânea, onde jornalistas famosos
de várias partes do planeta, já na casa dos 60 e poucos, relatavam suas
experiências extraordinárias, quando ainda se usava máquina de datilografia e
nem existia telefone celular. E os ouvi “chorosos” de como gostariam de iniciar
suas carreiras nos dias atuais, com toda essa tecnologia a disposição. E aí eu
pergunto: de que vale toda tecnologia do mundo, “se essas pragas hoje saem da
escola quentinhas,” mas não prestam nem pra escrever míseros 144 caracteres ali
no Twitter!?!
Régis Mubarak
Graduanda em Gestão
Ambiental - UNOPAR E Marketing - SENAC.
Cronista em Jornais
Impressos e Portais de Notícias do RS e SC.
Pesquisador AVA SARU
em Exobiologia e Tecnologia da Informação.