Não podemos fechar os olhos que a
degradação ambiental: a poluição atmosférica, dos solos e da água faz parte da
nossa triste realidade. Segundo dados estatísticos diariamente em nosso país,
produzimos toneladas de lixo, entre residencial e industrial, e na grande
maioria das vezes não sabemos (ou não nos interessamos de fato, sejamos
sinceros a essa situação) em dar destino correto a todo esse lixo produzido.
E se não estamos cientes da própria
separação em si, que dirá do tempo de decomposição individual de cada item que
descartamos incorretamente! E levando em consideração que o ciclo da água é
indissociável de cada etapa da nossa existência, obviamente que nem seria
preciso enfatizar o quanto a contaminação do meio ambiente leva a resultados
cada vez mais temerários!
Interessante como alguns estudiosos, (pesquisadores
e cientistas) afirmam que nosso Planeta Terra, deveria mesmo era ser chamado de
“Planeta Água,” porque ainda que mal distribuídas na sua superfície, às
fontes hídricas são abundantes, mas somos nós que não sabemos utilizar esse
recurso maravilhoso.
Inclusive a maior parte do corpo humano é
feita de água, assim como em todos os seres vivos, sendo o maior elemento na
seiva das plantas, no sangue e células dos animais, então um mundo sem água
seria praticamente impossível de se viver. Por isso o desperdício de água
deveria ser considerado um crime!
Dados estatísticos disponíveis na ANA,
Agência Nacional de Águas que atribui a seguinte divisão na América do Sul: 14%
para uso doméstico, 24% para uso industrial e 62% para uso agrícola e talvez
pelo fato do Brasil possuir cerca de 12% da água doce de todo planeta, é que
essa falsa sensação de que os recursos naturais são inesgotáveis nos acompanhe
desde sempre!
Rios e córregos sistematicamente
maltratados ao longo de décadas por nossa população, grande parte ignorante,
outra parte negligente. Mas afinal, a água não é um bem de domínio público?
Exatamente e justamente por isso é que ela pertence a toda sociedade, a todos
nós e precisa estar disponibilizada em boa qualidade para o consumo, sendo
monitorada através de saneamento básico. Entretanto pouquíssimas cidades
brasileiras investiram em ETA – Estação de Tratamento de Água e ETE – Estação
de Tratamento de Esgoto. (Mas a população só entra em surto coletivo quando se
depara com períodos prolongados de falta de água em suas torneiras... E aí
acorda para a realidade!)
Os desafios “enfrentados” (ou nem tanto, porque os gestores demoram uma
eternidade para por em prática a busca de soluções), é manter uma estrutura de
desenvolvimento econômico atendendo as necessidades básicas da população
crescente, com a demanda de água com qualidade e também a quantidade dos seus
recursos hídricos, destinando corretamente os resíduos sólidos e esgotos para
evitar a poluição dos corpos d’água.
E para finalizar, não podemos
deixar de constar que os recursos hídricos têm sido agredidos pelo uso
indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes, contaminando não somente a
superfície, mas também águas subterrâneas. Somos um país abençoado em todos os
sentidos, mas cuja população precisa evoluir imensamente na educação, na
cultura e no espírito de amar verdadeiramente ao seu próximo, exercendo a
solidariedade, a compaixão e os cuidado e preservação a natureza.
“Eywa
(para os gregos Gaia a Mãe Terra) ficaria imensamente feliz!”
Régis
Mubarak