Uma experiência única que só pode
ser descrita por alguém que tenha nascido ou sido adotado por esse imenso país.
Não é discriminatória, porque acolhemos imigrantes de todos os cantos do
planeta. Não é exclusiva, porque miscigenar raças não é característica isolada.
Ao longo do desenvolvimento dos continentes, povos em maior ou menor grau misturaram-se
entre si, se apartaram geograficamente e se reunificaram através de tratados
políticos (e infelizmente através de guerras), mas somente nós, construímos
essa identidade ímpar (e especial) através do coração e do amor a Pátria.
Ser brasileiro é ser latino
americano e também não é. Ser brasileiro é ser ibero americano e também não é.
Ser brasileiro é partilhar a língua portuguesa, mas também não somente ela.
Nosso idioma deveria chamar-se “língua
brasileira,” porque foram incorporadas palavras dos idiomas árabe,
espanhol, italiano, alemão, francês, japonês e milhares de outras oriundas dos
dialetos e idiomas indígenas e africanos, (aliás, principalmente destes) e demais
línguas, que deixarei de aqui mencionar.
Ser brasileiro é pertencer ao
continente sul americano, mas é também ser o feliz proprietário de um
continente inteiro, haja visto o tamanho da nossa querida nação. Ser brasileiro
é ser gaúcho, mineiro, amazonense, goiano, cearense ou acreano e falar o mesmo
idioma, ainda que gostos musicais, culinária, cultura, folclore e aspectos
geográficos tenham caraterísticas tão distintas, que aos olhos do estrangeiro,
parece que 26 estados (mais distrito federal) “foram se aprochegando pra formar esse Brasilzão.”
Então eu proponho tipo assim “a nova independência do Brasil!” Não
uma guerra esdrúxula e sanguinária, fechando fronteiras aos nossos primos
argentinos, paraguaios, bolivianos ou colombianos. Não uma carnificina sem
proporções, atacando Portugal e Espanha, despejando quaisquer bombas numa
espécie de vingança retroativa aos séculos passados de exploração. Menos ainda
xingar Inglaterra, França ou Holanda nas redes sociais, difamando essas (e um
punhado de outras Nações inclusive), que roubaram nossas riquezas e ainda hoje,
vez por outra, querem bancar os espertinhos pra cima do Brasil. (E nem soquear
os EUA, que se acham os donos do pedaço, porque loguinho eles vão colher o que
plantaram, ao se associarem a reptilianos e draconianos!)
Proponho “a nova independência do Brasil” a ser comemorada todo dia 1º de
novembro, entre o dia 31 de outubro dia Nacional do Saci Pererê e 02 de
novembro, dia dos Finados. A ideia é simples: porque no dia do Saci nos
divertimos com todas as travessuras, encantamentos, magias e molecagens
possíveis. No dia 1º traçamos planos para uma nova fase da nossa existência e
construção e re-construção dessa jovem nação. E no dia 02, obviamente por ser o
dia dos finados, meditamos, oramos e relembramos de todos aqueles que não estão
mais presentes fisicamente entre nós e nos preparamos espiritualmente para
enfrentar “os demônios, bruxos e feiticeiros do mundo real,” que tentam a todo
custo impedir o Brasil de se tornar o Gigante do Cruzeiro do Sul.
E nem vou detalhar minhas pesquisas exobiológicas
pra não assustar ninguém. O Brasil está destinado a ser o almirante do navio
que vai singrar os mares de uma nova expansão marítima. O guardião das sementes
de uma nova terra. O comandante de uma nova revolução pacífica que vai unificar
os povos. O líder de uma exploração que nos levará muito além desse Universo. O
futuro da espécie humana, do planeta terra, estrelas que semearão universos que
estão por nascer. (Juro pela minha mãe!)
Então pra quem não sabe o que é
ser brasileiro respondo: é ser loiro de olhos azuis, ou moreno de olhos verdes,
ou negro de cabelo enroladinho, ou indígena de pele achocolatada. Ter
antepassados russos, poloneses, chineses ou suecos. Ser filho de mãe espanhola
com pai árabe. Mãe austríaca com pai italiano. Avós e bisavós que vieram da
Nigéria, do Líbano, da Índia, do Egito ou da Venezuela, ou do mundo todinho!
Não importa, tanto faz, não faz a
mínima diferença. Somos multiétnicos, multirraciais, multicoloridos, multicriativos.
Uma nova raça, espécie, etnia miscigenada unidos num só coração e triunfaremos
sim... por sermos Brasileiros do (amado) Brasil!
Régis Mubarak
Graduanda em Gestão Ambiental – UNOPAR
e Marketing – SENAC.
Cronista em Jornais Impressos e
Portais de Notícias do RS e SC.
Pesquisador AVA SARU em Exobiologia
e Tecnologia da Informação.