Se serve de
alento, estímulo, incentivo ou de informação avulsa (útil ou inútil) fica a seu
critério classificar. Ou não. Talvez eu escreva sobre um pedaço de mim ou sobre
um pedaço do caminho. (Anexei uma montagem do meu logotipo junto ao mapa que
leva a sempre fofíssima Derrubadas, amada terra natal, lá na divisa com a
Argentina e uma foto (euzinha?!?) no estilo de sempre, vindo (e indo) para
algum lugar com os olhos fixados num provável horizonte de eventos que se
aproxima.)
Desconectei-me da internet para
num lampejo de criatividade infantil escrever esse texto de uma só vez, tipo páginas
de um diário. A probabilidade de conseguir tal façanha é proporcional a
atitudes radicais conjuntas: esconder o celular, desligar o rádio, chavear a
porta, pular fora da internet e tentar não pensar em nada. Não no sentido de
“cabeça oca,” mas (tentativas) por um curtíssimo período esquecer-se das
dívidas, das tristezas, dos desapontamentos, dos abacaxis para descascar, das
responsabilidades, da agenda e suas múltiplas atividades a cumprir, de
infindáveis coisas e pessoas chatas que no decorrer da semana (in) justamente...
vão inevitavelmente atravessar o meu caminho.
E quando me referi à criatividade
infantil e não infanto-juvenil é porque (nem vou procurar palavras de
dicionário), os jovens de hoje (e também não vou encasquetar “memórias tais” de
no meu tempo/naquele tempo/já faz tempo...) praticamente fazem mil coisas
intercaladas e estão conectados 24 horas por dia e as crianças, ou pelo menos
algumas que conheço ainda (eu disse ainda né), não estão tão sobrecarregadas de
atividades escolares ou extraescolares e rolar na grama com o cachorro é o
máximo!
Se serve de alento, estímulo (vou
repetir a sequência inicial), incentivo ou informação avulsa (útil ou inútil)
fica a seu critério classificar que exercitar a criatividade é também um
trabalho árduo, detalhista e quando não se pode dedicar-se a ela (dona
imaginação) exclusivamente tornar-se um tanto quanto angustiante. Não que eu
esteja choramingando ou passando por uma maldita fase de desânimo pleno, ao
contrário queridos (as), quero compartilhar com vocês num longo e envolvente
abraço o desejo de energias renovadas. Se você toca um instrumento musical, faz
artesanato, desenha, escreve, compõe, pinta, borda ou é dançarino de chula ou aprendiz
de tango! Precisa encaixar essa atividade que lhe dá enorme prazer nas horas de
folga, nos finais de semana, nos feriados ou no meu caso excepcional ali pelas...
05 da matina!
Não desista, não desanime, não
esmoreça, não deixe de dedicar consideráveis partes do seu amor, da sua perspectiva,
da sua esperança, porque esperança é a luz do sol estendendo a mão para você se
levantar. Parece distante quando se está no chão. Se aproxima quando se ergue a
cabeça. Abraça você se você seguir em frente. Mas só o tornará invencível se
você não desistir de si mesmo. Nunca. Nunquinha...
Semelhante ao amor incondicional,
que é gostar tanto de alguém, que mesmo que seu coração pertença à outra
pessoa, você continuará torcendo para que a felicidade
não deixe de
existir... ainda que você não faça mais parte dela ou tipo o amor platônico,
que é mais ou menos como você ser de outro planeta e gostar de uma pessoa sem
que ela perceba sua existência ou até perceba, mas finja não perceber, no entanto
você está ali bem pertinho. Ou às vezes, quando a felicidade se esconde da gente
com o propósito de nos fazer refletir sobre o quanto somos imperfeitos e
poderíamos ser melhores.
Enfim... deu pra entender
direitinho... É sobre um pedaço de mim ou sobre um pedaço do caminho... da
jornada... da história... da continuação da história, da criação e recriação do
universo, do meu, do seu, do nosso, de quem a gente quer que faça parte dele ou
saia fora pra não incomodar mais! É sobre a vida que temos hoje e uma outra
vida, que ainda queremos construir de preferência nessa encarnação... desde que
em hipótese alguma, a gente não desista de si mesmo!
Régis Mubarak