quinta-feira, 13 de março de 2014

Difícil não significa impossível



              Paralelamente ao mundo das infinitas possibilidades encontra-se o mundo das dificuldades. Otimismo ou Pessimismo. Força de Vontade ou Preguiça. Coragem ou Covardia. Persistência ou Desânimo. Paciência ou Irritabilidade. Enfim... dá para listar dezenas de “fatores” ou “comparativos” ou então achar justificativas. Não tenho tempo. Não me interesso. Não sou inteligente. Não vou conseguir jamais...

             Não nego a existência das impossibilidades como um muro de 10 metros de concreto (e altura) ou até mais, dependendo do ponto de vista de cada um ou de até aonde sua vista puder alcançar. Difícil não significa impossível porque é totalmente diferente. O mundo das impossibilidades é, (só para citar exemplos), quando uma pessoa com limitações (ou necessidades especiais) não se encaixa na realização de uma atividade. Uma pessoa cega poderia ser piloto de Fórmula Um? Uma garota obesa seria escolhida para Garota Verão? Um menino alérgico a gatos poderia tê-los como animais de estimação? Uma pessoa que não gosta de matemática daria um bom engenheiro?

              Já escrevi sobre esse assunto: o acesso e domínio das ferramentas no campo da informática, mas talvez recorra a ele várias e várias vezes como forma de incentivo aquelas pessoas (não importa a idade ou profissão que exercem), que simplesmente (é esse mesmo o termo que escolhi), acham impossível fazer parte desse novo mundo! Não serei repetitiva ou enfadonha. Não serei piegas ou melodramática. Não serei incisiva ou inquisidora. Não serei a fada madrinha que distribuirá o pozinho mágico. Não me passarei por gênio. Ao contrário, porque ao longo dos últimos anos sofri dissabores, desapontamentos e já fui para cama carregando mágoas profundas! (Não tô brincando!) Faço parte de uma geração que nasceu analógica e se transformou em hibrida: metade analógica metade digital. E tive que aprender a dominar essa área em tempo recorde por um milhão de motivos tanto profissionais como literários. E me sinto feliz...

              Mas já tive (e provavelmente ainda os terei) dias de profunda infelicidade. Impressora trancada. Mouse que se desligou sozinho. Pen Drive com vírus. Bateria que me deixou na mão. Programas que não abriram ou travaram no meio do trabalho. Arquivos perdidos ou corrompidos. Instruções só em inglês! (E pra quem ainda não sabe: um notebook caríssimo que “explodiu” um dia depois do término da garantia e eu não tinha back up dos últimos 60 dias.) Já chorei. Já disse palavrão. Já paguei uma nota para técnico espertalhão. Já pedi socorro pra um milhão de pessoas (ou até mais), incluindo o Papa no Vaticano, mas nunca desisti. E gostaria que você fizesse o mesmo: não confundindo dificuldades com impossibilidades, que não é a mesma coisa.

              Não negarei a existência desse abismo profundo entre as gerações. Não negarei que nossos filhos e netos já nascem quase sabendo e se não, aprendem a velocidade da luz. Não negarei que não chegaremos à décima parte do Steve Jobs e do Bill Gates, pelo menos nessa encarnação. Não negarei que às vezes até parece tortura! Mas não desista amigo. Insista. Acredite. Reze. Acenda velas para o seu santo ou procure um pai de santo! A chave do segredo, do sucesso e da participação (e por que não da criação) desse admirável mundo novo está bem ali... num cantinho escondido de sua cabeça!



Régis Mubarak