Escrevo este texto basicamente
com o notebook pendurado no canto de um velho e confortável sofá, num espaço
carinhoso dividido com dois perros maravilhosos. De um lado minha mochila
carregada de livros, jornais e “papéis ultrassecretos.” Do outro, dois amigos
jornalistas de séculos atrás, do tempo da minha pré-escola, hoje residentes na
capital gaúcha, fontes preciosas na troca de um milhão de informações, que nos
assessoram dia e noite, visando conquistar alguns projetos que contribuirão
para a região noroeste dar um salto qualitativo rumo ao seu definitivo desenvolvimento.
Escrevo este texto dividindo “pedaços
de pizza de atum amanhecida,” relembrando momento da pré-história quando a
Internet ainda estava por ser inventada e nós três sonhávamos casar, (com seus
respectivos namoradinhos (as) de infância) e ter 5 filhos cada um! Entretanto
nem tudo são reminiscências de um gosto bom de café quentinho e abraços fofos...
Temos vividos dias insanos antes daqui. Dias difíceis, porque perdemos num
curto espaço de tempo, parentes e amigos em trágicas circunstâncias. Porque
numa infeliz coincidência nos divorciamos dos nossos respectivos “príncipes e
princesas (des)encantados(as)” apesar de continuarmos a amá-los loucamente. Porque
descobrimos outros amigos(as) queridos(as) de infância que admirávamos tanto,
atualmente envolvidos em falcatruas desabonadoras até para os mais pérfidos
integrantes da Máfia Napolitana. Um choque para a alma!
Mas por hoje preciso pedir
desculpas a todos vocês, os que leem meus textos aqui e em dezenas de outros Jornais
Impressos e Portais na Internet. Pedir desculpas do fundo do coração e para
isso preciso escrever essas poucas linhas intimistas justificando o motivo de estar
tão ausente. Oscilações e tempestades. Chuvas de granizo e dias horripilantes.
Para aqueles que me conhecem pessoalmente ou convivem comigo nada parecerá
cifrado, mas para os outros de lugares distantes, apenas digo-lhes: há momentos
na vida e em determinadas situações que para manter a sanidade é preciso
recorrer a longos períodos de meditação. Solidão. Oração. E de certo modo rever
toda a nossa vida e quem dela fez ou continuará a fazer parte... Sem ser piegas
ou usar clichês, aliás, para não me alongar demais no meu retorno, quero
compartilhar um “Conselho Chinês” que
diz o seguinte: (...) Há apenas duas coisas com que você deve se preocupar: se você
está bem ou se está doente. Se você está bem, não há nada com que se preocupar.
Se você está doente, há duas coisas com que se preocupar: se você vai se curar
ou se vai morrer. Se você vai se curar, não há nada com que se preocupar. Se
você morrer, há duas coisas com que se preocupar: se você vai para o céu ou
para o inferno. Se você vai para o céu, não há nada com que se preocupar.
Agora, se você vai para o inferno, estará tão ocupado em cumprimentar velhos
amigos que nem terá tempo de se preocupar. Então para que se preocupar?”
Ah sim... e porque escolhi a foto
“da Lilo e do Stitch” para me representar fielmente daqui em diante? Por que finalmente
“os dias insanos” ficaram para trás...