sexta-feira, 30 de junho de 2017

Trio Pacito Sapateado "Shape of You" Ijuí Rio Grande do Sul Brasil

Para fechar Junho com nota 1000. "Trio Pacito" 
versão sapateado para "Shape of You" 
#GurizadaMedonha #TrioPacito
 #Gaudérios #NotaMil
 #Show #Encantamento

domingo, 25 de junho de 2017

O paraíso perdido dentro de cada um de nós



              Tenho a capacidade extraordinária de divagar e viajar para longas distâncias sem sair do lugar. Cinco minutos de prosa espontânea e já desenho qualquer cena no ar. Capto a essência, às vezes até a mensagem subliminar e repasso adiante (fracionado), somente o que precisa ser repassado, em pedaços saborosos de pizza quentinha. Graças à participação voluntária em projetos de pesquisas, descobri recentemente outra tribo da qual também faço parte: a dos desenhos animados, só que “com muita noção!”
              Me orgulho sem traços de arrogância e sim como mera fonte de informação (autobiográfica e biológica) de todas as minhas sete etnias em igual proporção: português, francês, guarani, kaingang, nigeriano, árabe e espanhol, buscando eliminar todo sagrado dia o que elas tem de pior e usufruir o que me destinaram de melhor. Mas acrescentar um “DNA” de desenho animado - “UM DINÁ” - como naquele filminho encantador “ZOOTOPIA” é mega sensacional! Isso não me torna melhor, nem pior do que ninguém, somente um pouco “mais pilhada” do que a média nacional! E daí?!?
              Contudo no mundo real isso já me trouxe e continuará me trazendo alguns dissabores, porque meu cérebro funciona num ritmo ininterrupto 24 horas por dia, sem precisar recorrer a álcool, drogas, infusão de chás alucinógenos ou qualquer outro tipo de experimentações suspeitas e minha “duracell nunca gasta” e “nunca me desligo da tomada!” Graças à excessiva criatividade, a capacidade de levitar no mundo da fantasia, dos sonhos lúcidos e do espaço virtual posso literalmente viajar no cosmos. Entretanto há dentro de mim paraísos perdidos que não mais consigo encontrar. Em determinados momentos também deixei de acreditar em mim e no que poderia ter feito de melhor!
              Analisando hoje mais a fundo, após certas experiências vivenciadas “o para sempre” é na realidade um tempo relativo! E se nem existe a relatividade do tempo como explicar para as pessoas que o passado, o presente e o futuro estão interligados? E que o desejo de realização, de mudança, de transformação do ambiente ao nosso redor depende exclusivamente de cada um de nós? Se tudo escapa por entre nossos dedos é porque o medo nos paralisa de seguir adiante, nos incutindo a falsa sensação de que o ato divino da criação não pode ser usufruído por qualquer homem e mulher, onde quer que esteja, seja lá quem quer que seja, desde que acredite em si mesmo e na centelha!
              Entretanto há “um porém” a considerar, o poder da realização de grandes obras requer grandes sacrifícios, obstinação e trabalho árduo. Você precisa sair da zona de conforto, acomodação, da rotina, preguiça, negativismo. Porque nos sabotamos no meio do caminho? Porque paramos de construir nossos projetos? Porque abandonamos nossos sonhos? Porque desistimos de nossas paixões? Porque nos julgamos incapazes de sermos maiores do que nossa própria condição humana? Por que travamos? Porque deixamos essa chama ir aos poucos se extinguindo, até quase se apagar?
             Recorro a uma das minhas frases preferidas, a do escritor franco argelino Albert Camus (1913-1960) quando disse: “A grandeza de um homem consiste em ser maior do que sua própria condição humana.” A capacidade cerebral é infinitamente inesgotável, se explorarmos a imaginação, a criatividade e a inventividade da nossa espécie humana, tendo como ápice da inteligência esse poder de criar, consertar e recriar um mundo novo a todo instante. Também já escrevi sobre isso várias vezes, juntando dados estatísticos de pesquisas acadêmicas de dentro e de fora do País, incluindo até resultados de ressonância magnética. Mas talvez seja a resiliência, figurativamente um sentimento cuja verdadeira fortaleza explique o resultado final de toda ação e consequente reação.
              O objetivo de construir nosso próprio paraíso aqui na terra é constantemente abandonado e jogado no fundo do mar das recordações das paisagens perdidas, porque ficamos paralisados diante do medo. Então volto a enfatizar o que também já escrevi em outros textos: pequenas atitudes sustentam grandes ações. Gestos imperceptíveis induzem a grandes sopros de vento. E aos poucos, pequenos grupos se transformam em grupos maiores e arrastam multidões. O que te espera ali adiante? O que te paralisa? O que te impulsiona? Não julgo ninguém além de mim, meus próprios conceitos de vida, ilusões perdidas e feridas abertas. E são muitas!  A quantidade de erros proporcional à quantidade de acertos, as escolhas equivocadas, meu esforço contínuo em transformar-me num ser humano tri bacana é meu histórico de vida. E são meus olhos e não os seus que veem o mundo desse ângulo. Ninguém pode viver a vida do outro! Simples assim!
                O que te espera ali adiante? Naquela curva... naquele atalho... naquele cantinho escondidinho do mapa... naquela estrada que parece não ter fim? Uma esperança inesgotável de continuar, crescer, amadurecer, enfrentar o desconhecido, resolver problemas, pedir desculpas, não voltar a resvalar na mesma casca de banana, não sermos hostis a quem não simpatizamos, não sermos arrogantes, compartilharmos o que sabemos, pedirmos socorro quando não entendemos. Únicos porém unidos!
              Poderia utilizar-me da justificativa paliativa, por descobrir que tenho “DINÁ de animação” que a vida me pareça mais colorida do que realmente é. Graças ao meu fabuloso “DINÁ” de desenho animado você deve pensar que eu caia, levante, apanhe, prossiga, resista, me desmanche, me recomponha e levante da cama todo dia turbinada igualzinho ao Coelho Pernalonga eternamente apaixonado pela Lola Bunny ou Pepe Le Pew por sua Penélope? Ah é verdade... quando estou apaixonada... é bem isso aí!!!
              E daí?!? E as pessoas que não tem “DINÁ” de desenho animado como fazem? Elas reagem, criam coragem e não desistem dos seus sonhos, seus projetos, seus paraísos perdidos. Se aquele Compositor desistisse de escrever belas canções porque foi corneado. Se aquele Pintor desistisse de pintar encantadores quadros por que está com o aluguel atrasado. Se aquele Jornalista desistisse de redigir seu brilhante texto porque não dorme há dois dias e meio. Se aquele Policial da viatura ali na esquina, não viesse cumprir seu turno porque seu filhotinho está ardendo em febre. E a Professora não aparecesse na Escola porque o cano da pia estourou hoje de manhã. E o Médico não viesse atender seus pacientes porque não dormiu com dor de dente. E se... E se... E se... E se você soubesse que é mais importante, maior e tem mais capacidade do que imagina para ajudar a criar esse Novo Mundo em Expansão, porque não o faria? Por quê?
               Por medo de fracassar, medo de ser humilhado, de ser julgado pela opinião alheia, de não atender exigências absurdas e expectativas que a sociedade impõe sobre nossas cabeças. Regras. Leis. Cobranças. Competição. Exclusão. Escárnio. Vilipêndios. Sempre seremos seres incompletos, porque estamos em constante evolução. Em certas circunstâncias é preciso ter consciência da urgência, que paisagens se perdem e pessoas nos traem. E nem todo mundo é tão bonzinho, fofinho e queridinho quanto aparenta! E que às vezes seus melhores amigos mudam e mudam para pior! É preciso ter consciência: nossa geração não ultrapassará um século de existência aqui nesse plano astral, nessa época atual. Não mudei uma vírgula, acredito na reencarnação, recorrência, mudança de dimensão. Só que dificilmente nesse século eu e você passaremos dos 100!
               Só que hoje (e era o que eu queria fazer), não adianta te convidar para uma “viajada para fora da Via Láctea,” quando diante de nós, nossa adorada Pátria Amada está sob ataque cerrado! Nem explicar em detalhes o que é “Registro Akashico” e como isso funciona. Uau e como funciona! Eis que o Papa Francisco e o Dalai Lama não estão mentindo: a força do amor move montanhas. E a do ódio destrói tudo num piscar de olhos! E se ficarmos estagnados, só rezando, esperando que Jesus Cristo volte antes da finalíssima do campeonato, nós bailamos! Entendeu ou quer que eu desenhe? O paraíso perdido dentro de cada um de nós só pode ser construído por cada um de nós e medo nenhum, nem ninguém pode nos impedir de assim o realizar! O amanhã é agora. É hoje!

Régis Mubarak
Graduanda em Gestão Ambiental – UNOPAR. Especialista Técnica em Gestão Contábil – CNEC, Marketing – SENAC e Saúde Pública PMI/UNASUS 
Pesquisadora AVA SARU em Exobiologia e Tecnologia da Informação 
Escreve para Jornais Impressos na Região Sul e Portais de Notícias da Internet


sábado, 24 de junho de 2017

Mulher Maravilha


quinta-feira, 22 de junho de 2017

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Não existe sangue igual ao nosso



              Não é sobre o orgulho de ser gaúcho. Não é sobre nosso sangue gaudério, metade Chimango, metade Maragato. Metade Gremista, metade Colorado. Não é sobre as raízes da Bacia do Prata que abraçam na memória vastas extensões do Pampa Rio Grandense e nos mesclam aos nossos meio irmãos Argentinos, ora do lado da mãe, ora do lado do pai, derrubando fronteiras num ritmo tão contagiante quanto ao do chamamé. Pois no íntimo, alguns de nós, os fronteiriços, por sermos “meio bastardos” nos desafiamos a todo instante uns aos outros por insignificâncias, justamente por carregar esse peso, da falta de reconhecimento dessa paternidade atávica sob nossos ombros!

              Não é sobre nossos primos Catarinenses e suas praias abençoadas. E também não é sobre nossos primos mais distantes, os simpáticos Paranaenses. É sobre o sangue vermelho, ora tinto como o mais excitante dos vinhos envelhecidos, ora marrom e arrebatador como a terra sagrada, onde nossos antepassados pisaram aqui séculos atrás.

              Não existe outro sangue igual ao nosso e ninguém, ninguém poderá provar o contrário! Não haverá nova colonização nem bárbara invasão. Já extinguimos a escravidão e nos falta muito pouco para finalmente extinguirmos todos os preconceitos. Somos uma jovem Nação ainda em construção. Em afirmação. Em ebulição. Com hormônios a flor da pele, acasalando livremente e “criando novos DNAS” de novos seres humanos: italianos, espanhóis, holandeses, franceses, africanos, libaneses, indígenas, japoneses, alemães, russos, uruguaios, turcos, poloneses e quem mais desejar se integrar a essa vibrante Nação outrora batizada de Terra de Santa Cruz!

              Não é sobre o sangue Escocês e sua história fascinante. Não é sobre o povo Chinês e sua triunfante marcha sobre si mesmo. Não é sobre o povo Canadense e sua generosidade em acolher a todos indistintamente. Não é sobre os Maoris e sua cultura eletrizante. Não é sobre os batalhadores Indianos. Nem sobre os adoráveis Mexicanos.  A cada povo, reverencia-se sua história, geografia, trajetória, lutas e batalhas ganhas ou perdidas, onde sangue inocente de filhos e filhas se derramou a cântaros até alcançar a tão sonhada liberdade. Não existe outro sangue melhor que o nosso. Não existe sangue pior que o nosso. E dificilmente existirá outro sangue igual ao nosso!

              Somos todos seres humanos, seres da espécie humana! Mais de 7 bilhões de almas a povoar um Planeta chamado Terra. E não falaremos nesse texto (e contexto) de outros Planetas, em outros Quadrantes, em outras Galáxias, em outros Universos. Hoje somos mais de 7 bilhões de habitantes na Terra e mais de 200 milhões dessas almas vivendo num adorado país chamado Brasil, a Terra da Santa Cruz, do Cruzeiro do Sul, do Novo Mundo que está sendo gestado (dolorosamente) já há algum tempo...

              Não falaremos das múltiplas correntes: cristãos, muçulmanos, judeus, espíritas, gnósticos, ateus, umbandistas e as outras dezenas. Sua significação e seu simbolismo são apenas grandiosos num mundo de visão ainda limitada, onde regras e normas (além de muros), separam mais do que unem homens e mulheres entre si. Aqueles que sabem da verdade que já está bem próxima de ser revelada, desfrutam da sensação de saciedade contemplativa, energia abundantemente compartilhada, eliminando tormentos de um espírito solitário, transcendendo para além de dores físicas. Almas fortalecidas por frequências ainda não acessíveis a todos, mas que em breve disponíveis assim estarão. Porque definitivamente eis que “a grande equipe,” “o time maior,” “a galera do bem,” “o pessoal acima de qualquer suspeita,” “mestres” e “almas iluminadas” “muitos e muitos graus” acima da própria compreensão do senso comum, já trabalham em prol do crescimento dos habitantes do Planeta Terra. Simples assim... acredite...

              Não que sua crença religiosa ou filosofia de vida não tenha relevância e deva ser desconsiderada, descartada. Refiro-me ao tamanho, a intensidade da sua Fé num Criador acima de todas as coisas deste Mundo e de outros Mundos. De outros Quadrantes. De outras Galáxias. E em outros Universos. Um incomparável ser Criador e sua onipotência e seu Poder Divino e “o seu (nosso) botão da Fé,” dentro do seu (nosso) coração que precisa ser acionado para chegar até “Ele,” em qualquer circunstância, em qualquer momento, através de um sentimento único chamado Amor. Sentimento genuíno que elimina barreiras, angústias, ressentimentos, ódios e impede os homens (e mulheres) de se mutilarem, se destruírem, se matarem e matarem-se uns aos outros!

              Então eis a explicação da afirmativa de não existir outro sangue igual ao nosso, que corre nas veias desse esplêndido território brasileiro. Terra escolhida para o futuro que já está perto de seu alvorecer. Lugar para onde diversos povos convergiram. Todos os imigrantes são bem vindos. Todas as etnias se mesclaram. Lugar único e repleto de magia ancestral: onde católicos, muçulmanos, umbandistas, judeus, ateus, espíritas e outras centenas de credos, matizes, religiões e filosofias sempre foram e sempre serão acolhidos, irmanados e integrados, respeitando-se mutuamente numa liberdade vívida!

              Desfrutando do mesmo peso e da mesma medida, da mesma importância como espécie, espécie de “Seres Humanos” e não “Seres Reptilianos de Sangue Verde,” operando por trás desses governos ocultos, governos das sombras, que sistematicamente vem implantando terror ao redor do planeta, jogando irmãos contra irmãos, pessoas contra pessoas, grupos contra grupos, ideologias, filosofias, religiões. Espoliando, escravizando, fazendo sangrar nações inteiras. Não existe sangue melhor que o nosso!

              Sangue que não será desperdiçado, derramado em qualquer circunstância, situação ou inglórias batalhas. Eis o tempo das ideias. Dos grandes líderes. Da esperança fulgurante. Do nascer de novos homens e mulheres. De jovens promessas e grandes talentos. De pessoas investidas de caráter sólido, de força e fé revigoradas no poder da oração, da sabedoria e principalmente conscientes, do poder da fala, da escuta e do diálogo aberto e franco! Porque para além do que os olhos veem, os ouvidos ouvem ou a mente consegue absorver, existe outro mundo oculto, sombras, trevas e escuridão, que já estão sendo combatidos e eliminados, para fora da nossa jovem Nação, de nosso Hermano Continente, para fora do Planeta Terra!

              Chamem de Guerra se quiserem! Eu prefiro chamar de Limpeza! De Mudança! De Transformação! Renascimento! E vitória da Luz! Eis a hora das revelações, do nascimento de uma Nova Era, de um Novo Tempo, de um Novo Mundo, um Novo Mundo em Expansão, cujo Brasil e os Brasileiros de “todas as cores e suas incríveis e exuberantes misturas,” estão sendo e serão chamados para comporem o protagonismo, a liderança. Novos e majestosos líderes de uma Nova Revolução!

              E para os céticos, os pessimistas, os incrédulos, os derrotistas, os nefastos, dentro em breve não serão sinais prodigiosos a riscar os céus sobre nossas cabeças, mas ações concretas e mãos firmes de pessoas admiráveis que surgirão. Magníficas ideias, compartilhamento, cooperação, união e um coração aberto que irão construir esse Novo Brasil, esse Novo Continente, esse Novo Mundo. E nenhuma gota do nosso precioso sangue vermelho, tinto, vinho, marrom, terra, coração, precisará cair para fazer nascer essa nova e abençoada Terra de Santa Cruz e de oportunidade igual para todos!

Régis Mubarak

Graduanda em Gestão Ambiental – UNOPAR. Especialista Técnica em Gestão Contábil – CNEC, Marketing – SENAC e Saúde Pública PMI/UNASUS 

Pesquisadora AVA SARU em Exobiologia e Tecnologia da Informação 

Escreve para Jornais Impressos na Região Sul e Portais de Notícias da Internet



terça-feira, 20 de junho de 2017

Uruguaiana Rio Grande do Sul

#Uruguaiana #meuchapéu #espanholquevaleouro #sópelocafé #figurinhas #obrigadopelaforça #eomalbec  #nemtodogremistaéruim #nósoscolorados

domingo, 18 de junho de 2017

Despacito Sapateado Trio Pacito Ijuí Rio Grande do Sul Brasil

#Despacito #Sapateado #TrioPacito 
#Sensacional #Ijuí #RioGrandedoSul #Brasil

sexta-feira, 16 de junho de 2017

É isso aí... Ana Carolina e Seu Jorge


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Sobre o lugar histórico de Lula, por Breno Altman

#Brasil #LeonelBrizola #Lula 
#GetúlioVargas #LuisCarlosPrestes 

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Pantera Negra


terça-feira, 13 de junho de 2017

Eu e meus Projetos

#SantaRosa #Projetos #MeioAmbiente #AsGravurinhas #DeNovoLánoQuartel 
#Spock #AmoMaisQueLasanha

domingo, 11 de junho de 2017

Por todas as poesias ainda não escritas



               Falar sobre Paulo Leminski é recordar com doses homeopáticas de angústia existencial, que temos escondidos na memória amores mal resolvidos, sentimentos contidos, palavras não ditas, poesias perdidas e muitas, muitas poesias que ainda não foram escritas e mentimos para nós mesmos os reais motivos de não sabermos por que.

              Professor e tradutor, Paulo Leminski (1944-1989), descendente de poloneses e africanos, por si só mistura étnica explosivamente encantadora, viveu tão intensamente quanto escreveu em suas metáforas os desejos dos corações partidos. E em suas obras, as dores, as expiações e os infinitos desconcertos da existência humana. Pintando tais sentimentos com pincéis mui dançantes por entre delicados objetos de cristais.

              Paulo Leminski escrevia com a própria alma. E a alma não nos deixa mentir.

              Também músico e letrista, pesquisador da cultura e língua japonesa, o poeta paranaense dominava idiomas que iam do francês, inglês, espanhol, grego e latim e não recebeu acolhida e tratamento dignos. Aos poucos eis que a história tendo por obrigação reescrever-se reconhece envergonhada que grandes gênios inexplicavelmente em sua passagem pela terra são maltratados ou ignorados. Recebendo mínimas doses de afeto, como se invisíveis fossem mesmo ao cruzar esquinas abertas em dias de céu azul.

              Leminski não se trata de exceção a essa regra então. Justamente por isso não listarei interminável ordem alfabética outros autores, poetas, escritores, pintores, artistas nacionais ou estrangeiros, etc, etc, etc, que em vida útil, mal tiveram o insuficiente para sua própria sobrevivência e hoje, passado muitos e muitos anos, assistimos suas obras de arte, seus livros, seus magníficos trabalhos artísticos serem valorizados no mercado inacreditavelmente a preços exorbitantes, de dezenas de sacas de ouro! (Não entrarei no mérito de quaisquer questões.) É sobre Paulo Leminski e a falta que nos faz que escrevo esse texto, tentando repassar a emoção que toma conta de mim, a cada linha rabiscada por ele há tempos, que leio, releio e recomendo de olhos fechados. Simples assim...

              Poesia é para mim tão necessária e essencial como aquela frase do clássico de Antoine de Saint Exupery (1900-1944), ilustrador (e também aviador francês), autor de vários livros bem bacanas, mas que todo mundo conhece apenas como o escritor de “O Pequeno Príncipe,” quando a raposa fala ao jovem protagonista principal (...) “...mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...” O grande público até hoje reconhece esse livro como um dos maiores clássicos da literatura infantil, ledo engano, trata-se de uma das maiores histórias sobre amizade, amor e separações já criada em todos os tempos.

              Poesia é tão essencial quanto o ar que respiramos, porque cativa, porque ao ser escrita nos toca de uma maneira tão especial, única e profunda, que para cada um terá a significação do momento em que se encontra. Se extremamente feliz. Se extremamente triste. Oscilante entre caminhos da dúvida, escolha ou decisões difíceis. É feita só pra ti!

              Paulo Leminski dominou como poucos essa arte de nos fazer respirar a poesia como se respira o ar vital de cada amanhecer. E ainda que não esteja mais caminhando fisicamente por entre as outras almas humanas aqui na terra, permanece através de cada uma de suas excepcionais criações literárias. Um pedacinho de sua essência, de sua carência, de sua exuberância, do seu sentimentalismo, do seu: “Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso. Preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. (...) Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê?” troca e toca nossas células sanguíneas!

            Por que seria então? Porque não importa o que façamos ou para onde vamos, dentro de cada um de nós bate um coração cheio de poesia, encharcado de amor para dar, espaçoso de amor para receber e carregado de sentimentos preciosos para compartilhar, que nunca se esgota, nunca cessa de existir. Necessita-se intercambiar!

              E todas as poesias perdidas. E as que ainda não foram escritas e provavelmente serão, basta que para tanto tenhamos coragem de externar sem mágoa, rancor ou vergonha de quem, o que quer seja, todas as sensações únicas que cada um carrega dentro do seu íntimo, do seu ser, de sua alma. A nossa história e a nossa memória do que um dia, rabiscamos nos desejos infantis do que gostaríamos de nos tornar quando virássemos gente grande. Mas crescemos e nos perdemos solitários de nós mesmos!

             Basta o querer. E para o querer, basta vontade. E a vontade é feita de desejos. E os desejos são feitos de sonhos. E os sonhos são sonhados, rascunhados metade no cérebro, que traça os planos e de como poderão ser conquistados e metade no coração, que aceita todos os desenganos e as malsucedidas tentativas! E mesmo assim não para de bater para que a Dona Esperança se recomponha, às vezes mui golpeada e se coloque em pé novamente, voltando a caminhar, nessa longa e infinita estrada chamada vida. Tentando de novo. E de novo. E de novo. Até que enfim um dia ou perto do nosso fim, nesse único dia, possamos encontrar o lugar mágico onde se esconde a Dona Felicidade!



Régis Mubarak

Graduanda em Gestão Ambiental – UNOPAR. Especialista Técnica em Gestão Contábil – CNEC, Marketing – SENAC e Saúde Pública PMI/UNASUS 

Pesquisadora AVA SARU em Exobiologia e Tecnologia da Informação 

Escreve para Jornais Impressos na Região Sul e Portais de Notícias da Internet