terça-feira, 16 de agosto de 2011

Irreal

Teus olhos são o poema
que eu sempre quis escrever,
teu sorriso a luz intensa
que eu procurei todos os dias.

Tua boca, tua voz
teu beijo, teu cheiro
num outro universo seria real.

E agora,
quando a química e física são perfeitas
a geografia nos separa...
quando palavras pedem silêncio
a história se repete.
 
Terrível dilema
insolúvel problema
de matemática pura.

Consumindo minh’ alma
estrela que nasce e morre
grão de areia num mar de abandono
porque queres meu fim?

Depois ou antes de mim
ninguém te amou por inteiro
fiel fui em desespero...

Ah como eu te amei,
antes de te conhecer
depois de te perder,
todas as horas do dia
todos os dias da vida
toda vida do mundo,
e por nenhum segundo
pensei que me trairias assim...