sábado, 30 de outubro de 2021

General Eduardo Villas Boas

 

Acredito ser esse livro leitura necessária, (não gosto da palavra obrigatória, se bem que nesse contexto até caberia), para quem deseja trabalhar na assessoria e marketing de campanhas políticas no ano que se aproxima. “Conversa com o comandante” que saiu em 2021 pelo selo da Fundação Getúlio Vargas, registra capítulos extremamente significativos da história da nossa jovem nação. Mas se você deixar-se levar pelas paixões e fúrias e “a carnificina de esquerda x direita” ou chavões do tipo “somos todos inimigos até a morte,” e “ninguém presta de um lado e ninguém presta do outro lado,” (a tendência é que os embates, principalmente no mundinho feroz e atroz das redes sociais se tornem ainda mais virulentos), perderá a chance de analisar os pensamentos e o cérebro de uma das figuras mais estratégicas do jogo político dos últimos tempos, entendendo que os bastidores dos acontecimentos contém histórias complexas, mas tão complexas que a própria história só poderá revelá-los no futuro quando o presente tornar-se-á passado! /// Vou entremear no meio dessa síntese, duas curiosidades: a esposa do General Eduardo Villas Boas, (natural da cidade de Cruz Alta) também é gaúcha com fortes ligações com a cidade de Ijuí, onde nasceu. (Para quem não sabe Ijui é a Terra Nacional das Culturas Diversificadas tendo na sua fundação o registro de mais de 30 etnias.) A outra curiosidade de caráter pessoal é que quando estava realizando pesquisas AVA SARU em Exobiologia e Tecnologia da Informação  (no ano de 2017) escrevi um artigo intitulado “A Fortaleza da Solidão” falando sobre partes de sua trajetória e a terrível doença que o acometia. (Entretanto já conhecia o General Eduardo Villas Boas muitos anos antes disso.) /// O Livro “Conversa com o comandante” organizado pelo Doutor em Antropologia Social e Professor da Fundação Getúlio Vargas Celso Castro, dividido em 16 capítulos em 243 páginas mescla recordações familiares e de sua infância, com os aprendizados e as experiências militares de sua brilhante carreira e óbvio, a explanação abrangente de acontecimentos recentes dos últimos governos da esfera federal, sob sua ótica pessoal. Recomendo a leitura dessa obra, mas desprovidos do ódio visceral da esquerda, para quem o General é um baita vilão e do fanatismo messiânico da direita, para quem o General é um tremendo herói. (Na minha opinião nem herói nem vilão, mas grande personagem chave da história e política brasileira.) Recomendo a leitura pelo prazer da leitura e pelo caráter fundamental dessa obra e mais que isso: se você for perspicaz vai conseguir identificar alguns outros personagens deste livro e seus papéis relevantes ou nem tanto, nessa nova fase de construção e desconstrução, (porque tudo é relativo dependendo de que lado você está nessa guerra de valores e des-valores) da nossa jovem nação. E para arrematar: sugiro na sequência que você leia (ou releia) um livro intitulado “A Arte da Guerra,” um tratado militar escrito no século IV A.C por Sun Tzu, que talvez seja um dos maiores manuais de estratégia de todos os tempos! (Eis que até aqui absolutamente nada, nada  é desconexo nessa história.)