...de Fernando Anitelli, cantor, compositor e ator do Teatro Mágico valho-me das palavras perfeitas - a música belíssima se chama O Anjo mais velho - (...)"...metade de mim agora é assim, de um lado a poesia, o verbo, a saudade; do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim. E o fim é belo, incerto... depende de como você vê!" Utilizo-me dessas palavras poéticas para reverenciar a jornalista Patrícia Campos Mello e agradecer por sua coragem! Eis que na data de ontem, em meio a profusão de notícias ruins e dezenas de perdas irreparáveis, quase nos passa despercebida uma notícia alentadora: a Justiça Brasileira condenou "a inominável criatura que ocupa o cargo temporário de Presidente da República," a indenizar a jornalista Patricia Campos Mello por danos morais. Ainda que em primeira instância, pode-se considerar uma pequena (eu considero uma grande) vitória a todas as mulheres jornalistas ou não, que já foram ofendidas através de palavras vulgares, chulas e de conotação sexual por esse inominável e por todos os seres desprezíveis que compõe gabinetes e grupos de ódios no mundo real e também (ainda pior, às vezes escondidos atrás de avatares e nomes falsos) no mundo virtual. Patrícia é autora do Livro "A Máquina do ódio" que saiu pelo selo Companhia das Letras no ano passado. A Eleição do Whatsapp no Brasil / Assassinato de reputações, uma nova forma de censura / Fatos alternativos e a ascensão de populistas no mundo / Bolsonaro e o manual de Viktor Orbán para acabar com a mídia crítica, são os sub-títulos dessa obra de quase 300 páginas que julgo indispensável aos estudantes de comunicação, futuros profissionais nas áreas de jornalismo, relações públicas, marketing, publicidade, propaganda, assessorias e outras concernentes. Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital - A Máquina do ódio - de Patrícia Campos Mello, li recentemente esse livro essencial, atravessando madrugada adentro e fazendo apontamentos em um caderno de estudos para posteriormente dar continuidade a outras pesquisas co relacionadas. Confesso que em algumas páginas quase me senti abatida, tamanho horror espectral dos relatos ali contidos, mas em outras me identifiquei com a coragem da autora frente ao terror e pressão psicológicas sofridos. "A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras" já dizia o filósofo grego Aristóteles. E eis que "Coragem", assim com "inteligência" são qualidades que a jornalista Patricia Campos Mello tem de sobra para dividir com todos nós!