sábado, 17 de outubro de 2020

Desamor por Régis El Carsi Mubarak

 

/// Eis que “Desamor” foi escrito muito, muito, muito tempo atrás, apesar de parecer algo recente em minha vida, só que não! Na realidade foi uma tentativa de curar pequenas feridas. (Uma baita traição melhor explicando, de uma amiga (achava que era) de infância.) Eu estava tri apaixonada e meu “Príncipe Encantado” daquela época era um guri medonho! Medonho! Medonho! Além de líndíssimo e talvez justamente por sua beleza em excesso, era super assediado 24 horas por dia e buenas… não deixava escapar nem a sombra! E eu ia “fechando os olhos” para várias dessas “escapadelas” me fingindo de zonzinha, até que ele “me trairou” com essa menina, que basicamente era minha amiga desde a infância! Bahhh… naquele dia o amor começou a se esfacelar e o processo de afastamento teve início, já que a dor se tornou meio que insuportável. Entretanto o mais engraçado (hoje, é óbvio) na época (dolorosíssimo), foi que o ordinário me pediu em casamento na frente dos parentes num churrasco de domingo, em que a “dita” também estava presente! A guria saiu correndo para se acabar chorando no banheiro do restaurante, e eu (na frieza de um General Árabe em meio as circunstâncias imprevisíveis, mas totalmente preparada para a guerra), apenas sorria, acenava para a galera, concordando com o tal pedido de casamento e me mantendo impassível, na maior cara de paisagem da história, para não causar estrago de proporções irreversíveis. Na semana seguinte, com “o coração saindo sangue,” fiz a divisão das centenas de fotografias de viagens por cidades e lugares incríveis que havíamos visitado. Falei com “minha amiga de infância,” externando que não sentia raiva dela, porque era apenas mais uma que tinha caído na conversinha fácil do medonho e que tomasse cuidado redobrado se caso ficassem juntos a partir daquela data. E a vida seguiu seu curso… e como sempre acontece na minha existência, me recuperei depois de um tempo relativo de sofrimento psíquico e voltamos a manter contato. Ela, o pivô da separação atualmente é médica na cidade de Chapecó, Santa Catarina, casada, com filhos pequenos… mantemos contato vez por outra. Meu Príncipe Encantado hoje mora na Alemanha, também casou, tem filhas lindas. Duas vezes ao ano, quando vem ao Brasil almoçamos na capital Porto Alegre. Não é fácil chegar a esse grau de civilização e infelizmente muitas pessoas não conseguem porque guardam para vida toda suas mágoas e os ressentimentos. De fato é necessário muito “jogo de cintura”, doses extras de “meditação” e buscar evolução sempre, entre perdas e ganhos, alegrias e decepções. Mas é uma experiência fantástica poder abraçar alguém que você amou por demais no seu passado e desejar que esteja feliz no presente, seja com quem ou onde estiver. E principalmente, que ele (ou ela) continue a melhorar como ser humano nos dias futuros! Enfim… continue a evoluir sem magoar pessoas ao seu redor e causar quaisquer espécies de dores ou se as causar, aprender a perdoar ou a pedir perdão!!! ///