sábado, 24 de outubro de 2015

Self, Selfie e Salve-se quem puder



              Pra começar e pra quem não sabe nada a respeito, “Self” já foi uma linguagem de programação no vasto mundo da tecnologia que influenciou inclusive o JavaScrip. (Obrigado Wikipédia por mais essa informação de extrema relevância a nossa humilde disposição.) Entretanto, “Self” é algo bem mais complexo e infinitamente inconclusivo e se você quiser pesquisar “bem mais a fundo” (desculpe a redundância), sugiro o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) e sua obra magnífica e essencial ao estudo evolutivo da espécie humana, no “assim caminha a humanidade.”
              Ou assim empaca a humanidade! Ou assim... regride 2 ou 3 passos pra trás, porque poderíamos até buscar ajuda no bom e velho Sócrates (o filósofo por favor, não o jogador) no tão conhecido, batido e ainda (inacreditavelmente) quase nada entendido séculos e séculos depois: “Conhece-te a ti mesmo!”
              (Pois é criatura... Entendeu ou quer que eu desenhe?)
              Então vou “me explicar pra tu Kevin, aonde eu quer chegar.” (Obrigado Minions por assassinarem a gramática em vários idiomas diferentes e ainda assim parecer tão divertido!) Recentemente sofri overdose involuntária de “selfies e salve-se quem puder” a cerca do mau uso das tecnologias: Iphone, smartphone, tablets e inclusive as legítimas máquinas fotográficas, que foram inventadas para tal propósito: fotografar... Fotografar momentos únicos e não fotografar todos os momentos!
              Amiguinhos eis a moral da história! Ame teu próximo como a ti mesmo. Não jogue lixo na rua. Não dirija e fale ao celular ao mesmo tempo. Aos poucos substitua a prática da macumba e os rituais de vodu por pragas ciganas mais lights. Não seja maledicente. Não infernize a vida dos outros. Não maltrate os animais. Não bata no seu irmãozinho mais novo. E paulatinamente abandone o selfie por um ou dois minutos de meditação sobre sua existência e missão aqui no planeta terra. “Conhece-te a ti mesmo.”
              Não é só o meio ambiente e sim o ambiente todo. Não é o seu ego em questão é o eco! O Eco da Ecologia: ajudar o fazer o mundo melhor para todos nós! Substitua as 300 selfies por minutos no banheiro, no quarto, no meio da rua, se achando o máximo (o máximo do ridículo sabia?), a última bolachinha do pacote, a capa da Caras (cara de que mesmo?) e busque aliar as múltiplas funcionalidades e os recursos da tecnologia com as necessidades da história e da geografia. Enganjamento, solidariedade e ação!
             “Sabia tu Kevin... que em Palmas no Tocantins está sendo realizado o I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas? Que foram os japoneses que trouxeram para o Brasil o morango, o caqui e a maça fuji? Que o algodão orgânico já alimenta a economia solidária de norte a sul do Brasil? Que O BRICS vai criar uma Universidade Internacional com prioridade a cursos ligados a ecologia, energias e tecnologias?
              Aposto que não sabia nada disso e outro trilhão de coisitas a mais!
              Pois “o salve-se quem puder” continuará uma prática constante se você amiguinho ao invés de fazer conexão com seus trilhões de neurônios e sua inteligência, desperdiçar tempo e energia tirando as tais fotografias desnecessárias em lugares desconfortáveis. Qual é a graça de se fotografar em frente à privada (?!?), imitando sub-celebridades descartáveis. Espelhos e privadas são combinações muito estranhas!
             Mude o foco, se foque em coisas de valor. Valorize o meio ambiente e o ambiente todo. Informação, educação, cultura e sabedoria são fundamentais para fazer de você (homem ou mulher) um indivíduo em constante evolução. A vida é mais colorida quanto vivida intensamente por objetivos maiores! Ah sim e principalmente se você parar de se achar o centro do Universo.
              Vou me repetir: espelhos e privadas são combinações muito estranhas!
              Eywa (para os gregos Gaia a Mãe Terra), ficaria imensamente feliz se você fosse “mais self e menos selfies!” E estudasse Sócrates e Carl Jung também!

Régis Mubarak