quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Paciência, persistência e tempo



             O filme se chama “O destino de Júpiter”(2015), cuja direção primorosa é dos irmãos Andy e Lana Wachowski, também responsáveis pela Trilogia Matrix (1999-2003), com o super astro e super gato Keanu Reeves a frente de um elenco não menos mega estelar. Outra obra prima dos Brothers Wachowski que recomendo de olhos fechados e sem pestanejar (desculpem o clichê batido) é “A Viagem” (2012) (título original Cloud Atlas) que foi baseado no fascinante livro escrito em 2004 pelo britânico David Michell, tendo a frente Tom Hanks e Halle Berry, (por questão de espaço não nominarei todo o elenco não menos importante), em excelentes e comoventes atuações.
              E sobre o que se trata “Cloud Atlas” mais especificamente indagará você? E responderei: sobre um pedaço da humanidade através de personagens que se encontram e se perdem em determinadas épocas de suas existências e situações distintas dentro de um processo de evolução e conhecimento. É sobre reencarnação, carma, darma, destino, exploração, persistência, paciência e tempo, que aliás remete ao título desse artigo, que “gentilmente tomei emprestado” do gênio universal Shakespeare (1564-1616), quando sentenciou (...) “...o que distingue os homens vencedores dos que desistem de lutar.”
              Mas... retornando ao parágrafo inicial, o filme se chama “O destino de Júpiter,” aventura de ficção científica (com Mila Kunis e Channing Tatum deslumbrantes) e tão revelador, que classificaria como uma espécie de digamos assim... documentário...  necessário aos interessados em se aprofundar nos temas DNA, reencarnação, batalhas a respeito da cruel conquista de povos, poder e o bem mais valioso de todos: o tempo.
              Entretanto... quase consigo adivinhar o que você está pensando nesse exato nanossegundo: “Porque raios duplos Mutley devo me interessar por filmes de ficção científica complexos, carregados de mensagens subliminares e códigos cifrados quando o Brasil parece estar se desmanchando a 200 quilômetros por hora ou mais?”
              Eis minha tese em defesa da sanidade ou termo apropriado similar... Pausa. Respire fundo. Concentre-se e me escute. Sem otimismo exacerbado, nem pessimismo degenerativo, apenas a realidade entre erros e acertos, progresso, regresso, evolução e estagnação. Não, não estou defendendo partido algum (não tenho filiação nem parentes desfrutando das benesses do governo) e isso me isenta de ser tendenciosa. O Brasil está atravessando período de turbulência crítica, porém passageira, não está desmanchando, apesar da guerra verbal travada nas redes sociais, quando e onde as pessoas estão sistematicamente se xingando dos dois lados (oposição e situação), atingindo-se com doses letais de raiva, ódio, fobias, veneno e encarniçamento em iguais proporções.
              E antes de você querido (a) leitor (a) chegar a triste conclusão que como diz a gíria “ando viajando demais na maionese” me distanciando da dura realidade, fugindo para uma realidade paralela e fantasiosa, posso adiantar que como jornalista freelancer nos últimos anos tenho trabalho exaustivamente na busca pela informação, verdade e conhecimentos, que todos sabemos são abrangentes, inesgotáveis e extraordinários.
              Se listasse as dezenas de projetos e ações das quais estou ou estive envolvida seria arrogante e presunçosa, por que não faço mais que minha obrigação como cidadã e inclusive às vezes, acordar as 4 da matina devido ao fuso horário, para intercambiar com meu amigo e instrutor Oishi de Hokkaido no Japão (só um exemplo) é sacrifício ínfimo se comparado ao trabalho extenuante de profissionais como Garis, Enfermeiros, Professores e Policiais na sua labuta diária 24 horas por dia, 7 dias por semana.
              Se você assistir filmes como “Matrix”, “A viagem” ou “O destino de Júpiter” despido de quaisquer preconceitos, raciocinando de o porquê o mundo ultimamente parece estar digamos assim... de cabeça pra baixo... vai agradecer ao seu Deus particular por estarmos vivendo nessa época das revelações extraordinárias e de como mudar as regras do jogo, do nosso destino e de nossas vidas, está em nossas mãos se tivermos paciência, persistência e soubermos usufruir do tempo, o bem mais valioso...  buscando acelerar a evolução dessa frágil espécie humana que somos todos nós indistintamente!



Régis Mubarak 
Graduanda em Gestão Ambiental – UNOPAR e Marketing – SENAC.
Cronista em Jornais Impressos e Portais de Notícias do RS e SC.
Pesquisador AVA SARU em Exobiologia e Tecnologia da Informação.