Não
faz tanto tempo assim eu acreditava que a vingança quando bem arquitetada (e
finalizada), surtia efeito exponencialmente cósmico de satisfação para quem
outrora fora a vítima. Não faz tanto tempo assim “a parte do meu sangue
espanhol” fervia me incitando ao duelo. Noutras vezes, baixava uma espécie de
feroz urso de Kamchtka e eu “partia para o abraço”, se é que você me entende!
2012 cumpriu o que me prometeu. Basicamente um dos meus pedidos de Natal em
2011 ao Papai Noel “me ajuda a segurar a
onda” foi plenamente atendido. Aliás, falando a verdade: que onda que nada!
Contabilizei quase um Tsunami de provas, sobressaltos, situações limites e
testes de sanidade mental! Mas sobrevivi... Sem ressentimentos. Mágoas.
Rancores. Ou ódios arquivados para descontar mais adiante. Amadureci e
desenvolvi uma habilidade que jamais pensava possuir: atravessar paredes, muros
e cercas cheias de espinhos sem perder uma única gotinha de sangue. (Escreverei
em janeiro carta a Escola do Professor Charles Xavier pedindo aceitação em
alguns de seus cursos de verão, afinal descobri que também possuo um gene
mutante!)
2012
foi recheado de perdas. Despedidas. Saudades. E dores. Meus amores continuarão
eternos, mas suas presenças físicas, o poder tocar, abraçar, beijar, jogar
conversa fora não voltarão mais no hoje, no aqui e no agora, do nascer ao por
do sol. Contudo não perdi minha Fé, apenas aprendi a não mais julgar o poder do
tempo e a força da natureza. O futuro às vezes se disfarça de relógio de parede
antigo! Tic. Tac. Tic. Tac. 2012 foi um ano de viagens, cursos, crescimento
profissional, projetos bem sucedidos e outros inacabados. Abacaxis descascados
e pendências acumuladas, cuja agenda apertada me fez descuidar justamente da
parte mais importante da história: a saúde. E as consequências dessa
negligência vieram a galope cobrar a conta! Ainda assim 2012 foi maravilhoso.
De amizades solidificadas, de afetos renovados, promessas cumpridas, saldo
positivo. (E beijos de chocolate sabor brigadeiro! Huuummm...) Se afirmasse que
consertei 90% dos meus erros seria um exagero. Cheguei perto disso. Se
afirmasse que atingi 90% de acertos nas escolhas que fiz, seria uma falácia.
Também cheguei pertinho. (Reconhecer que pisamos na casca de banana não tem
nada de vergonhoso. Peça desculpas e faça isso enquanto existe tempo disponível
de fazê-lo. Por outro lado, agradecer as pessoas que trouxeram pingos de
sabedoria a sua jornada é reconhecer que existem pessoas iluminadas a servir de
exemplo. Faça isso quanto elas estão próximas. Estender a mão sem pedir
absolutamente nada em troca é um milagre!)
Eis
que 2013 promete ser incrivelmente fascinante! Já escrevi minha carta ao Noel
pedindo “que repita a dose” se julgar necessário. Ou mande novas charadas,
intricados quebra-cabeças, múltiplos desafios! Não que eu esteja contando
vantagens. Supervalorizando meu passe. Considerando-me a última bolachinha do
pacote. Nada disso... O segredo dessa sensação de dever cumprido, de êxtase, de
felicidade, quero dividir com vocês: simplesmente não existe receita pronta! Aprenda
a perdoar. Não alimente o ódio. Não perca tempo com gente fútil ou inútil. Diga
não quando realmente não pode ou não quer fazer algo que irá contra seus
princípios. Seja bacana, nem banana, nem sacana. Bacana! E considere a
possibilidade de conviver com psicopatas disfarçados “de gente boa” quando você
menos imagina. Cuide-se, mantendo sua Fé inabalada se realmente quiser chegar ao
topo da montanha inteiro, tri (legal) e (tri) feliz!