quarta-feira, 30 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Sem sentir
Alijar ao mar os pensamentos,
deixar no ar o que ficou
o que sobrou
de tanto tempo
passado,
perdido,
esquecido...
Respirar sem vibrar
sem sentir.
No meio da festa
o que resta?
Descobrir que depois
de um longo sonho ver a dor?
Invisível sem cor...
E o é um grande amor?
chegada e despedida
uma eterna partida
o bater do coração,
pura ilusão.
Frases não escritas
palavras não ditas,
o sentido, as sensações
e as emoções
não vividas...
E acabou junto,
uma fase também...
Agora falta um pedaço,
um laço e alguém...
Lamentar e rolar as lágrimas
na noite escura,
num canto,
só,
sem ninguém...
domingo, 20 de novembro de 2011
Espelho
Acompanhou todas as cenas
obscenas ou não.
Naquele canto imóvel, discreto, insignificante.
Naquele canto imóvel, discreto, insignificante.
Observou todos os atos e
os fatos que se sucederam.
Discussões, emoções, traições,
crises existenciais – decadência moral –
Participou de tudo sem fazer parte de nada
cumpriu somente o seu dever:
REFLETIR.
Refletir a beleza, fiel a todos,
realçar traços, sem acrescentar contornos
nem omitir detalhes.
Uma obrigação, uma tarefa e era só...
Acompanhou as fases degenerativas do ser,
o retrocesso da evolução
sinais de maturidade,
estrias de vaidade e a velhice,
o começo do fim.
A audácia dos novos e a lentidão dos velhos.
Mas não foi ele o responsável por nada, do que
aconteceu ou do que deveria ter acontecido...
Ele não existia, não era nada,
só um espelho – reflexo de vidas vividas –
Naquele canto imóvel, discreto, insignificante.
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